Assembleia Constituinte se reúne pela primeira vez na Venezuela
Em sua primeira decisão, a ex-ministra das Relações Exteriores Delcy Rodríguez foi eleita como presidente da assembleia
atualizado
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Os integrantes da Assembleia Constituinte da Venezuela tomaram posse e se reuniram pela primeira vez nesta sexta-feira (4/8), após a votação para a escolha dos integrantes do órgão no domingo (30/7). Em sua primeira decisão, a ex-ministra das Relações Exteriores Delcy Rodríguez foi eleita como presidente da assembleia.
A nomeação foi feita pelo líder do partido socialista, Diosdado Cabello, e aprovada unanimemente pelos 545 delegados. Rodríguez é um nome entre os aliados próximos do presidente Nicolás Maduro que deixaram seus cargos para participar da Assembleia Constituinte, que terá amplos poderes para reformar instituições
Suspensão
Mais cedo, o Vaticano expressou preocupação pela situação da Venezuela e instou o governo de Nicolás Maduro a suspender a Constituinte por fomentar “um clima de tensão” e “hipotecar o futuro”.
Em comunicado, a Secretaria de Estado do Vaticano lamentou a “radicalização e o agravamento da crise” e apontou que o papa acompanha esta situação e “suas implicações humanitárias, sociais, políticas, econômicas e espirituais”.
“A Santa Sé pede a todos os atores políticos, e em particular ao governo, que assegure o pleno respeito dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, como também da vigente Constituição”, destacou a nota.
A Secretaria de Estado, dirigida pelo cardeal Pietro Parolin, antigo núncio em Caracas, pediu que “se evitem ou se suspendam as iniciativas em curso como a nova Constituinte” pois, segundo salientou, “mais que favorecer à reconciliação e a paz, fomentam um clima de tensão e enfrentamento e hipotecam o futuro” do país.
O Vaticano também pediu às forças de segurança da Venezuela que evitem o uso excessivo e desproporcional da força. “A Santa Sé dirige um La Santa Sede dirige finalmente apelo urgente a toda a sociedade para que seja evitada toda forma de violência, convidando, em particular, as forças armadas que se abstenham do uso excessivo e desproporcional da força.”