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Após protestos, Chile corta pela metade salários de políticos

Medida é provisória. Prefeitos e membros do Judiciário e do Ministério Público foram poupados da redução

atualizado

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Divulgação/Presidência do Chile
Sebastian Piñera, presidente do Chile
1 de 1 Sebastian Piñera, presidente do Chile - Foto: Divulgação/Presidência do Chile

Em decisão unânime (150 votos a favor), a Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta quarta (27/11/2019) uma lei que reduz em 50% os salários e outras remunerações dos parlamentares. A  medida é provisória e vale por 60 dias enquanto uma comissão autônoma define novos tetos para altos funcionários e políticos eleitos. Prefeitos e membros do Judiciário e do Ministério Público foram poupados da redução.

A comissão que vai discutir as remunerações deve incluir servidores que já trabalharam no Banco Central e na Controladoria Geral da República.

No fim da sessão, o deputado Gabriel Boric, um dos apoiadores da iniciativa, disse ao jornal La Tercera que espera que a redução de 50% “seja o piso” da comissão para fixar os novos valores.

O deputado Jorge Alessandri criticou o fato de o Judiciário ter ficado de fora do ajuste. “Acreditávamos que o sinal de apertar o cinto era importante”. Ele disse ainda esperar que a comissão reconsidere essa decisão.

Tensão social
A medida é uma resposta aos protestos que tomam o país há seis semanas. Em uma escalada na tensão social, saques em um hotel e em vários supermercados, além de incêndios em diferentes partes do Chile, foram registrados na madrugada desta quarta.

Após a noite de atos, o presidente conservador Sebastián Piñera convocou reunião de emergência com diversos ministros na sede do governo, um dia após pedir que o Exército volte às ruas para defender a infraestrutura do país.

Segundo o ministro da Defesa, Alberto Espina, os protestos – que começaram em reação ao aumento da tarifa do metrô há mais de um mês e passaram a abarcar pautas mais amplas, como a reforma constitucional – estão “alcançando níveis de violência que não eram vistos desde o retorno à democracia”, em 1990.

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