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- Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Enviado especial a Jerusalém (Israel) – O protocolo de boas intenções que o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), assinou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, promete alguns feitos interessantes para o Brasil. Poderão ser trazidas indústrias realmente inovadoras ao país, algo que faz falta, e tecnologia de segurança.
O diabo, no entanto, mora nos detalhes. E esses pormenores têm nomes, prazos, metas e deadlines. A maior parte dos acordos não tem esse componente.
O anunciado escritório comercial em Jerusalém, teoricamente uma espécie de primeiro passo para a transferência da embaixada do Brasil no país, que funciona em Tel Aviv, não tem data para ser aberto. Assim como a maior parte dos outros acordos de cooperação em segurança, ciência e defesa firmados durante a passagem de Bolsonaro pela Terra Santa.
Sem meta, deadline e clareza de objetivos, os acordos, por ora, pouco contribuem para o Brasil. Mas isso pareceu não interessar ao presidente. Importava-lhe mais a simbologia. Ao mesmo tempo que citou as relações conturbadas entre PT e Israel tantas vezes quanto pôde, Bolsonaro mal percebia que, ao fazer uma viagem que de prático traz muito pouco, ele se torna igualmente ideológico e nada pragmático.
Fosse um momento como o de Israel, que neste ano comemora ter ultrapassado o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Japão, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), até dá para entender a busca por simbolismos. Mostrar força política é, hoje, e sempre foi, uma forma de intimidar os inimigos. E Israel tem muitos inimigos.
No caso brasileiro, no entanto, a situação é mais urgente. Temos um déficit fiscal brutal que impede o crescimento do país. Temos um ambiente de negócios péssimo para o empreendedorismo. E um Congresso em briga com o Executivo. Simpatias por outros líderes e o povo não vão resolver esses problemas.
Mas Bolsonaro não deu muita bola para isso. O presidente da República volta sem resultados ou prazo para ser cobrado por eles. Na democracia, o esperado é que os líderes sejam escrutinados pelas decisões. Sem prazos, metas e transparência, essa parte da democracia fica capenga.
Na última fala durante a visita oficial, o presidente afirmou: “A viagem foi, no meu entender, muito proveitosa, acordos, parcerias, protocolo de intenção verbal. Acredito que Israel e Brasil se complementam”.
Mas o Brasil ainda não cabe dentro de si. E enquanto essas questões não forem resolvidas, todo o restante se torna apenas mais uma declaração de fundo ideológico. O problema, quando Bolsonaro crítica os aspectos ideológicos do PT, não é a ideologia. É o fato de ser uma ideologia distinta da dele.
Confira como foi a viagem de Bolsonaro a Israel:
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Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações, para deixar o pedido que Deus ore pelo Brasil
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O chefe do Executivo ganhou uma blusa do Brasil em um encontro com a comunidade brasileira na cidade Raanana
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Bolsonaro participou da cerimônia de oferenda floral, no Hall da Memória Localizado no Yad Vashem, Centro Mundial de Memória do Holocausto
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O Executivo participou também de uma Cerimônia alusiva ao plantio de muda de oliveira no Bosque das Nações
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O presidente Jair Bolsonaro se reuniu no domingo (31/3/23) com o primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, em seu gabinete
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O presidente Jair Bolsonaro se reuniu no domingo (31/3/23) com o primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, em seu gabinete
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Presidente Jair Bolsonaro discursou na chegada a Jerusalém
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Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa durante cerimônia oficial de chegada de Bolsonaro a Israel
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Bolsonaro e Benjamin Netanyahu
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Sala preparada para o pronunciamento de Bolsonaro e o primeiro-ministro israelense
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Porta-voz concede entrevista em Jerusalém
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebe o chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, em cerimônia oficial de chegada a Israel
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Bolsonaro posou para foto ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
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Presidente foi recebido no aeroporto, em Jerusalém
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Jair Bolsonaro e comitiva durante partida de Brasília para Israel: ao seu lado, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente
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Detalhes do Hotel King David, onde presidente ficou hospedado
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Detalhes do Hotel King David, onde presidente ficou hospedado
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Detalhes do Hotel King David, onde presidente ficou hospedado
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Vista da saída do hotel de Bolsonaro, o King David. No prédio histórico funciona a YMCA
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Região de Jaffa Gate, onde Bolsonaro está hospedado em Israel
Guilherme Waltenberg/Metrópoles
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