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Afinal de contas, como é Israel, o quarto país visitado por Bolsonaro?

Fatos marcantes e conflitos se desenrolaram no território israelense. Brasil busca acordos nas áreas de economia, tecnologia e segurança

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Jerusalem Old City
1 de 1 Jerusalem Old City - Foto: al_la/IStock

Enviado especial a Jerusalém (Israel) – Uma terra milenar que, desde sempre, foi palco de conflitos de grandes proporções e momentos históricos ainda maiores. Exemplos de um e outro abundam e se mesclam, dando origem a um país complexo e rico. Assim é Israel, nação que receberá a visita do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), entre os dias 31 de março e 4 de abril.

Basta dizer que as três grandes religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo – têm parte da sua origem, ou ela inteira, nesta terra. E muitos dos conflitos que hoje afloram sobre o local estão ligados à dificuldade de convivência entre seguidores dessas crenças.

Mas, para além da história e dos conflitos, Israel é uma economia dinâmica, que vem crescendo de forma sustentável e gerando prosperidade interna. No ano passado, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país cresceu 4,4%. O Brasil, por outro lado, apenas 1,1%.

Na tecnologia, o país também é destaque. Mesmo estando em uma terra árida, com pouca chuva, Israel produz alimento a ponto de gerar interesse no maior produtor mundial de commodities: o Brasil. Peixes nascem em bacias artificiais no deserto, fazendas coletivas têm grande produtividade, garantindo alimento para a população.

No quesito segurança e combate ao terrorismo, o país também tem atingido as suas metas. Não à toa, Bolsonaro incluiu durante sua passagem por Israel uma visita à unidade de contraterrorismo da polícia local.

Conheça um pouco mais do país que gerou interesse do governo brasileiro.

Veja imagens do presidente com o premiê de Israel, durante sua passagem pelo Brasil:

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitam a  sinagoga Kehilat Yaacov, em Copacabana, no Rio de Janeiro
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebe a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Copacabana
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitam a sinagoga Kehilat Yaacov, em Copacabana, no Rio de Janeiro

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, visitam a sinagoga Kehilat Yaacov, em Copacabana, no Rio de Janeiro

Fernando Frazão/Agência Brasil
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebe a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Copacabana

Fernando Frazão/Agência Brasil
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Divulgação

 

Conflitos

Arte/Metrópoles

 

Os conflitos entre Israel e os países vizinhos têm uma longa história. O professor de relações internacionais da Universidade de São Paulo (USP), atualmente pesquisador da Universidade de Tel Aviv, Samuel Feldberg, lembra que a origem das disputas políticas na região tem a ver com o próprio nascimento de Israel.

“Quando, em 1949, o Estado é criado, os países árabes não aceitam e atacam Israel. Daí vem a Guerra de Independência”, conta Feldberg. A Organização das Nações Unidas (ONU), porém, reconheceu a nova nação. Assim como fez o Brasil.

Novos conflitos vieram. A população que vivia no local e que não aceitava a formação dessa pátria acabou, pouco a pouco, sendo isolada em duas regiões: a Faixa de Gaza, no sul, e a Cisjordânia, no leste. Esse povo, que não tem um Estado próprio, é chamado de palestino.

“Quando fala-se da Palestina, temos um problema de definição. Temos que diferenciar o território da Autoridade Palestina, que é parte da Cisjordânia, e a Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas e a jihad islâmica”, explica Feldberg.

Segundo o acadêmico, a Cisjordânia, dominada pelo grupo chamado Autoridade Palestina, é um território no qual há muita cooperação com Israel. Inclusive, com intercâmbio de trabalhadores e investimentos. Gaza, por outro lado, não aceita e prega a extinção do Estado judeu.

“Em Gaza existe um diálogo tenso, mas existe. A questão é que os grupos políticos que dominam têm um lado sectário”, prossegue o professor Samuel Feldberg.

Do lado israelense, igualmente há setores que se recusam a conversar com os palestinos e, até o momento, o governo não conseguiu articular uma solução que contemple a coexistência dos dois países.

 

Golan

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Vista das colinas de Golan, em Israel

Nesta semana, o presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu as Colinas de Golan como território israelense. A terra foi conquistada da Síria na chamada Guerra dos 6 Dias, em 1967, juntamente com a Península do Sinal, que seria devolvida ao Egito nos anos 1970, a Cirjordânia e a Faixa de Gaza, a última desocupada em 2005.

“As colinas eram um ponto estratégico, aproximadamente 800 metros acima de Israel e próximo. Eram ótimas para bombardeios. Por isso o Exército tomou a região”, conta o professor Samuel Feldberg.

Golan foi formalmente anexada a Israel em 1981. Desde então, aumentou a instalação de colonos israelenses no território, o que tem provocado o protesto da Síria, de líderes palestinos e de países árabes em fóruns internacionais. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que Israel deve se retirar dos territórios. Trump foi o primeiro líder ocidental a reconhecer as colinas como parte do território israelense.

Economia
A relação comercial entre Brasil e Israel é pequena. O país do Oriente Médio é apenas o 65º maior importador de produtos brasileiros e, na visão de Bruno Huberman, pesquisador em economia e política israelense do Programa San Tiago Dantas, não há tanto espaço para ampliar as exportações para Israel.

Há um interesse grande de diversos setores em importar produtos israelenses. Sobretudo produtos considerados de alto valor agregado, como dessalinização de água e segurança, uso de drones e outras tecnologias que podem ser aplicadas em cidades

Bruno Huberman, pesquisador em economia e política israelense

Huberman destacou o interesse manifesto pelo prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), e o governador do estado, Wilson Witzel (PSC), em ampliar a cooperação nesse sentido. O chefe do Executivo fluminense chegou a anunciar que iria a Israel com o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República, para comprar drones a serem usados em operações policiais nas comunidades do Rio de Janeiro.

Flávio integra a comitiva que acompanha Jair Bolsonaro a Israel e deve ir com o pai às visitas em instalações militares e de segurança do país, o quarto visitado por Bolsonaro desde que assumiu a Presidência da República.

Veja imagens do presidente em outras missões internacionais:

 

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Jair Bolsonaro durante partida de Brasília (DF) para Washington (Estados Unidos)
O presidente da República, Jair Bolsonaro, acena para pessoas na praça ao sair da Blair House
Jair Bolsonaro cumprimenta o senhor Henry “Hank” Paulson, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos
O presidente da República, Jair Bolsonaro, convida o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) a compor o palco para fotografia oficial
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante assinatura de atos
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O presidente da República, Jair Bolsonaro, desembarca na base aérea de Andrews

Isac Nóbrega/PR
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Jair Bolsonaro durante partida de Brasília (DF) para Washington (Estados Unidos)

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, acena para pessoas na praça ao sair da Blair House

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Jair Bolsonaro cumprimenta o senhor Henry “Hank” Paulson, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, convida o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) a compor o palco para fotografia oficial

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, durante assinatura de atos

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Palavras do ministro da Economia, Paulo Guedes

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Jair Bolsonaro acompanhado do senhor Tom J. Donohue, CEO da U.S. Chamber of Commerce

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Jair Bolsonaro acompanhado do senhor Tom J. Donohue, CEO da U.S. Chamber of Commerce

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O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, acompanhado do ministro das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Araújo

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprimenta Walter Russell Mead, colunista do Wall Street Journal

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Discurso de Sérgio Amaral, embaixador do Brasil em Washington

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Jair Bolsonaro cumprimenta o embaixador Edgard Antonio Casciano, cônsul-geral do Brasil em Washington

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Discurso do presidente da República, Jair Bolsonaro

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Da esquerda para a direita: embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral; presidente da República, Jair Bolsonaro; e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo

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Jair Bolsonaro concede entrevista para Shannon Bream, apresentadora da Fox News

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Audiência ao senhor Henry “Hank” Paulson, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos

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Manifestantes queriam “Fora Bolsonaro”
Panfletos contra Bolsonaro no Chile
Declarações do presidente brasileiro foram lembradas
Trump também foi alvo dos protestos
Os manifestantes chamavam Bolsonaro de fascista e nazista
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No Chile, Bolsonaro enfrentou protestos

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Manifestantes queriam “Fora Bolsonaro”

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Panfletos contra Bolsonaro no Chile

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Declarações do presidente brasileiro foram lembradas

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Trump também foi alvo dos protestos

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Os manifestantes chamavam Bolsonaro de fascista e nazista

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Protestos nas ruas de Santiago contra o presidente brasileiro

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Ativistas fizeram fogueiras nas ruas de Santiago

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Jair Bolsonaro durante gravação de entrevista ao jornalista Ivan Leonardo Nunes, da TV chilena TVN

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Primeiro pronunciamento de Bolsonaro ao desembarcar no Chile

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Bolsonaro chega a hotel em Santiago, no Chile

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Presidente concede entrevista ao chegar ao seu hotel em Santiago, no Chile

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Ladeado por ministros em Santiago (Chile), presidente fez live no Facebook

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Bolsonaro durante live no Facebook diretamente do Chile

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Bolsonaro faz declaração ao chegar ao Chile

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Bolsonaro é entrevistado ao desembarcar em Santiago (Chile)

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Presidente Bolsonaro participará de reunião com presidentes da América Latina, em Santiago

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Presidente da República passa tropas em revista ao desembarcar no Chile

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Cartazes espalhados pelo Chile comparavam Bolsonaro a Hitler

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Charge publicada em jornal do Chile, criticando “dress code” de almoço em homenagem a Bolsonaro

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