Biden vence em Michigan e situação complica para Trump nas eleições dos EUA
São necessários 270 delegados para ganhar. Donald Trump tem 214 pontos conquistados e Joe Biden, ex-vice-presidente do país, 253
atualizado
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Os americanos – que conseguiram dormir – acordaram nesta quarta-feira (4/11) em meio a um clima de incertezas ante as eleições presidenciais dos Estados Unidos: o republicano Donald Trump se declarou vencedor antecipadamente, apesar do democrata Joe Biden ter chances de ganhar o pleito eleitoral.
A apuração dos votos ainda não terminou em seis estados do país – três deles, considerados decisivos – e pode seguir até esta sexta-feira (6/11), conforme decidido pela Suprema Corte dos EUA, desde que as cédulas de votação tenham sido enviadas pelos correios até essa terça-feira (3/11).
São necessários 270 delegados para ganhar. O atual presidente, Donald Trump, tem 214 pontos conquistados e Joe Biden, ex-vice-presidente do país, 253 (alguns levantamentos, como o divulgado pela agência Associated Press, já contam com a apuração do estado de Arizona).
Trump surpreendeu as pesquisas de intenção de voto e ganhou em Flórida, no Texas e em Ohio, que, juntos, têm 56 colégios eleitorais. O ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden, por sua vez, conquistou Califórnia e alguns outros estados. Confira, a seguir, o mapa eleitoral:
Dessa maneira, outros seis estados seguem indefinidos. São eles: Alasca (com 36% das urnas apuradas); Nevada (86%); Arizona (86%); Geórgia (93%); Carolina do Norte (95%); e Pensilvânia (80%). Trump lidera em três deles.
Biden venceu em Wisconsin e Michigan, na tarde desta quarta, e ainda aguarda o resultado de Arizona e Nevada. Trump precisa ganhar em um dos dois estados, além da Georgia, Pensilvânia e Carolina do Norte para virar o jogo.
Superação
No entanto, os democratas acreditam na superação, tendo em vista que os votos enviados pelos correios ainda estão sendo contabilizados. O partido tem chances de vencer na Geórgia, que vale 16 pontos, além da Pensilvânia (20 pontos), de Wisconsin (10 pontos) e Michigan (16 pontos).
No estado-chave da Pensilvânia, por exemplo, que tem 75% das urnas apuradas, a vantagem de Donald Trump sobre Joe Biden é superior a 510 mil votos. No entanto, os democratas torcem para uma virada na disputa, uma vez que cerca de 1 milhão de votos a serem contabilizados foram enviados via correios.
A modalidade de voto pelos correios é considerada opção preferencial entre os democratas, e mais demorada para ser apurada. Já o presencial é mais utilizado por republicanos, e, por sua vez, tem apuração mais rápida. Então, já era esperado que os primeiros resultados fossem favoráveis ao atual presidente.
Por isso, os democratas insistem na contagem integral dos votos, apesar da vantagem apresentada por Trump nesta madrugada. “Sabíamos que os votos pelos correios poderiam demorar um pouco, mas temos que ser pacientes até que cada voto seja contado”, disse Biden, ao afirmar estar no caminho da vitória.
“Prometi aos habitantes da Pensilvânia que contaríamos todos os votos e é isso que vamos fazer”, disse o governador do estado, Tom Wolf, em resposta à declaração de Trump feita nesta madrugada. O republicano ameaçou acionar a Suprema Corte para paralisar a contagem dos votos.
Virada
Uma dessas viradas aconteceu, por exemplo, no estado de Wisconsin. Nesta madrugada, em meio ao polêmico comentário do presidente norte-americano, a unidade federativa apresentava uma maioria republicana, a favor de Trump. Nesta manhã, contudo, Biden lidera com 97% dos votos contabilizados.
Nesta manhã, a gerente de campanha do candidato democrata, Jen O’Maley Dillon, afirmou ter equipes jurídicas prontas caso o presidente Donald Trump cumpra a promessa de ir à Suprema Corte para parar a contagem de votos. Ela disse que a apuração não vai parar até que todo voto seja contabilizado.
“Se o presidente cumprir sua ameaça de ir ao tribunal para tentar impedir a tabulação apropriada dos votos, nós temos equipes jurídicas de prontidão e preparadas para serem enviadas e resistirem a esses esforços”, completou Jen O’Maley Dillon, ao enquadrar o comentário de Trump como “ultrajante e incorreto”.