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Polícia turca prende mais de 200 pessoas em marcha LGBTI+ em Istambul

Evento tinha sido proibido pelas autoridades, e repetiu cenas de repressão da parada de orgulho LGBT+ em anos anteriores no país

atualizado

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Emrah Oprukcu/NurPhoto via Getty Images
Parada LGBTI na Turquia
1 de 1 Parada LGBTI na Turquia - Foto: Emrah Oprukcu/NurPhoto via Getty Images

Mais de 200 pessoas foram detidas pela polícia durante a Marcha do Orgulho LGBTI+ em Istambul, na Turquia, neste domingo (26/6). Forças de segurança impediram que os participantes se reunissem e prenderam centenas de pessoas, após autoridades locais proibirem a marcha de ocorrer este ano.

Segundo relato de testemunhas, agentes da polícia invadiram bares no bairro Cihangir, ao redor da praça Taksim, local marcado para receber a marcha. As detenções teriam sido feitas de forma aleatória, e incluíram ativistas e profissionais da imprensa. Mesmo assim, as pessoas marcharam.

Segundo levantamento da ONG Kaos GL, que defende os direitos da população LGBTI+, 200 pessoas no total foram detidas e começaram a ser liberadas gradativamente no início da noite. A Anistia Internacional condenou a ação nas redes sociais e pediu a “libertação incondicional e imediata” dos presos.

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A polícia turca fez um bloqueio e prendeu manifestantes na marcha do orgulho LGBTI+ em Istambul
Um grupo de homens islâmicos tentou causar tumulto na manifestação
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Manifestantes foram presos em marcha proibida pelo governo na Turquia

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A polícia turca fez um bloqueio e prendeu manifestantes na marcha do orgulho LGBTI+ em Istambul

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Um grupo de homens islâmicos tentou causar tumulto na manifestação

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Apesar da repressão e do fechamento da praça, manifestantes marcharam por pouco mais de uma hora pelas ruas do bairro da capital, gritando “O futuro é queer!”, “Você nunca estará sozinho!” ou “Estamos aqui, somos queer, e não iremos a lugar nenhum”. Eles foram apoiados por moradores, que acompanharam das janelas.

A homossexualidade não é considerada um crime na Turquia, contudo, a hostilidade é generalizada e a repressão policial aos desfiles tem sido cada vez mais dura ao longo dos anos. O governo liderado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan e seu partido AK, de raízes islâmicas, endureceu sua posição em relação à comunidade LGBTI+.

Desde 2014, as autoridades turcas vêm proibindo oficialmente a realização da Marcha do Orgulho, alegando motivos de segurança e citando uma lei que restringe reuniões públicas no país.

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