Polícia prende haitiano que contratou homens para matar presidente
Charles Emmanuel Sanon vive nos EUA e contratou os mercenários suspeitos de assassinar Jovenel Moise
atualizado
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A polícia do Haiti prendeu nesse domingo (11/7) um cidadão haitiano que vive nos Estados Unidos, suspeito de contratar os mercenários que assassinaram o presidente do país, Jovenel Moise, na última semana.
O diretor-geral da Polícia Nacional, Léon Charles, afirmou que Charles Emmanuel Sanon, de 63 anos, “entrou no Haiti a bordo de um avião particular com objetivos políticos”. As informações são do portal G1.
De acordo com o diretor-geral da Polícia, Sanon chegou ao Haiti em junho, acompanhado de vários colombianos contratados para fazer a sua segurança. “Então a missão mudou”.
“A missão era deter o presidente da República e daí se montou a operação. Depois, mais 22 pessoas entraram no Haiti”, afirmou o chefe da polícia haitiana em uma entrevista coletiva.
Segundo Charles, os suspeitos de matar o presidente ligaram para Sanon quando foram cercados. “Quando nós, a polícia, bloqueamos o avanço desses bandidos depois de terem cometido seu crime, a primeira pessoa para quem um dos agressores ligou foi Charles Emmanuel Sanon”.
O chefe da polícia disse que, na sequência, Sanon “entrou em contato com outras duas pessoas que consideramos autores intelectuais do assassinato do presidente Jovenel Moise”. A identidade dois suspeitos não foi revelada.
Assassinato do presidente
Moise foi morto a tiros em casa, durante a madrugada da última quarta-feira (7/7). A primeira-dama foi baleada e hospitalizada. Gravemente ferida, ela foi transferida para Miami, nos Estados Unidos, onde segue internada.
Membros do governo americano chegaram ao Haiti no domingo para ajudar nas investigações e se reuniram com o diretor-geral da Polícia Nacional. São funcionários do FBI (a Polícia Federal dos EUA) e dos departamentos de Estado, de Justiça e de Segurança Interna.
A delegação americana também teve reuniões em separado com os principais atores políticos locais, entre eles o primeiro-ministro interino do país, Claude Joseph, e o presidente do Senado, Joseph Lambert.