Polícia faz buscas em propriedades da ex-presidente Cristina Kirchner
Senadora negou ter cometido qualquer delito e acusou o juiz Bonadío de estar seguindo os interesses do atual presidente argentino
atualizado
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A polícia argentina invadiu uma das residências da ex-presidente argentina Cristina Kirchner nesta quinta-feira (23/8). Atual senadora, ela é acusada de liderar uma rede de corrupção composta por ex-funcionários e empresários que teriam pago suborno para obter contratos de obras públicas.
O apartamento de Kirchner foi revistado por, pelo menos, uma dúzia de policiais federais, por ordem do juiz federal Claudio Bonadío. A propriedade fica em um antigo prédio situado em Recoleta, bairro elegante da capital Buenos Aires. Vários cães policiais também participaram da operação.
O juiz havia pedido, há várias semanas, a autorização do Senado para fazer buscas em duas casas de Kirchner, uma na Província de Santa Cruz e outra em seu apartamento, em Buenos Aires. Segundo o relato de um envolvido no caso de corrupção, o apartamento era o destino de malas cheias de dólares.
De acordo com a apuração, o dinheiro era pago por empresários tanto na gestão de Cristina quanto de seu marido, o falecido ex-presidente argentino Néstor Kirchner. Nessa quarta, o Senado autorizou a inspeção nas duas propriedades, em decisão unânime.
Embora os críticos de Kirchner tenham afirmado que a incursão nas residências serão inúteis neste momento, alguns senadores disseram que será possível identificar visualmente os locais onde as sacolas com dinheiro teriam sido guardadas.
Kirchner negou ter cometido qualquer delito e acusou o juiz Bonadío de estar seguindo os interesses do atual presidente argentino, Mauricio Macri, tanto nessa quanto em outras investigações que o magistrado conduz.