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Polícia encontra 11 crianças em condições miseráveis no Novo México

O xerife Jerry Hogrefe, do Condado de Taos, disse que duas mulheres e dois homens serão indiciados por abuso de menores

atualizado

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Istok
Black Lives Matter
1 de 1 Black Lives Matter - Foto: Istok

Onze crianças com idades entre 1 e 15 anos foram encontradas famintas e vivendo em um barracão improvisado e imundo numa área rural no norte do Novo México no fim de semana. Na operação, a polícia prendeu dois homens e, nesta segunda-feira (6/8) outras três mulheres que as autoridades disseram acreditar ser as mães das crianças.

Segundo a polícia, uma mensagem de que havia pessoas famintas no local deve ter partido de alguém de dentro do complexo, levando à descoberta das crianças. Um menino visto pela última vez no Alabama em dezembro viajando com um dos homens que foram presos ainda não foi encontrado.

O xerife Jerry Hogrefe, do Condado de Taos, disse que as mulheres e os dois homens serão indiciados por abuso de crianças. Ele identificou as mulheres como Jany Leveille, Hujrah Wahhaj e Subhannah Wahha. Elas foram presas na cidade de Taos. As crianças foram retiradas do complexo na pequena comunidade de Amalia, perto da divisa com o Colorado, e entregue aos funcionários do serviço social do Estado.

Hogrefe afirmou que a Polícia ainda está procurando por AG Wahhaj, foragido do Condado de Clayton, na Georgia. A mãe do menino desaparecido disse à polícia que ele saiu de casa com seu pai, Siraj Ibn Wahhaj, para uma visita a um parque e nunca voltou. O menino tinha 3 anos.

Com um mandado pendente, Siraj Ibn Wahhaj foi preso na Geórgia sob a acusação de sequestro. Lucas Morten foi preso sob suspeita de abrigar um fugitivo, explicou o xerife. Não estava claro se os homens têm advogados de defesa.

A Polícia do Condado de Clayton disse em um boletim de pessoas desaparecidas que Wahhaj e seu filho foram vistos pela última vez em 13 de dezembro no Alabama, viajando com outras cinco crianças e outros dois adultos. As buscas no complexo foram feitas após dois meses de investigação em colaboração com autoridades do Condado de Clayton e do FBI, de acordo com Hogrefe.

Ele disse que os agentes do FBI fizeram busca na área há algumas semanas, mas não encontraram nada suspeito na propriedade. Mas tudo mudou quando na Geórgia detetives encontraram uma mensagem na delegacia de Hogrefe que aparentemente era dirigida a uma terceira pessoa que dizia: “Nós estamos famintos e precisamos de comida e água”.

O xerife disse que havia razões para acreditar que a mensagem tinha saído do complexo rural. O que as autoridades encontraram foi descrito por Hogrefe como “a condição de vida e pobreza mais triste já vista” em seus 30 anos de carreira.

No local, havia algumas batatas e uma caixa de arroz. O xerife explicou que o complexo era um pequeno trailer de viagem fixado na terra e coberto com plástico, sem água encanada, esgoto ou eletricidade.

Hogrefe disse que os adultos e as crianças não tinham sapatos, estavam vestidos com farrapos sujos e pareciam “refugiados do Terceiro Mundo”. Aparentemente, o grupo estava no local há alguns meses. Não estava claro como ou por que eles foram parar no Novo México, segundo o xerife.

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