Polícia e manifestantes entram em confronto em protestos na França
Cerca de 20 mil pessoas foram para as ruas protestar contra afrouxamento de leis trabalhistas no feriado do trabalhador
atualizado
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O Dia do Trabalho em Paris foi marcado por confusões e protestos violentos. Cerca de 20 mil manifestantes – entre sindicalistas, jovens e aposentados -, foram às ruas da capital francesa nesta terça-feira (1º/5) para a já tradicional marcha anual da data. Aproximadamente 1,2 mil jovens encapuzados, os “black blocks”, quebraram janelas de restaurantes e cafés e incendiaram um carro. A polícia precisou usar gás lacrimogênio.
O episódio aconteceu em meio a tensões prévias entre o presidente francês, Emmanuel Macron, e os sindicatos pela possibilidade iminente de flexibilização das leis trabalhistas no país.“Meu trabalho não é assistir TV e fazer comentário sobre a atualidade. tenho outras coisas a fazer”, provocou Macron ao ser questionado sobre as manifestações.
Em setembro passado, Macron assinou a reforma trabalhista do país, que afrouxou regras de demissão e contratação, dando às empresas maior poder negociador sobre as condições de trabalho. Os sindicatos alegam que os trabalhadores, assim, perderam seu poder diante dos empregadores.
Por sua vez, o governo argumenta que as novas regras vão ajudar a criar novos postos de trabalho. O desemprego na França chega a afetar 9,5% da população ativa. A média na Europa é de 7,8%.
Pelo mundo
A Espanha também registrou manifestações em mais de 70 cidades nesta terça-feira (1º/5). As pessoas nas ruas pediam igualdade de gênero, salários maiores e aposentadorias, já que a economia do país voltou a crescer.
O protesto da capital, Madri, foi o maior. Os manifestantes carregavam cartazes com os dizeres “Hora de vencer”.
Na Grécia, as movimentações foram em Atenas. Os cidadãos marcharam em direção ao parlamento e em uma avenida no caminho para a embaixada dos Estados Unidos. Serviços de transporte foram paralisados ou passaram a operar em esquema reduzido.
Na América do Sul, manifestantes no Paraguai caminharam pelas ruas pedindo por igualdade de gênero e melhores salários para as mulheres.