Polícia de Berlim prende quase 400 pessoas no Ano Novo
Arremessos de fogos de artifício contra policiais e bombeiros foram registrados na capital alemã; polícia diz satisfeita estar com operações
atualizado
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Enquanto milhares comemoraram a passagem de 2023 para 2024 com shows musicais e pirotecnia no Portão de Brandemburgo e em outras áreas de Berlim, a polícia da capital alemã prendeu pelo menos 390 pessoas durante as celebrações da chegada do Ano Novo.
O número de oficiais feridos ficou em 54, acima dos 41 do ano passado, quando ocorreram dezenas de ataques a policiais e agentes de resgate. Segundo relatos, veículos dos bombeiros teriam sido “atraídos para emboscadas”, alvejados com fogos de artifício ou apedrejados em grandes cidades alemãs, como Colônia, Hamburgo e Dortmund.
Por isso, desta vez, Berlim contou com reforços que renderam um efetivo total de cerca de 4,5 mil policiais, parte deles oriunda de outros estados.
Dos 54 policiais feridos, segundo a porta-voz da polícia de Berlim, Anja Dierschke, 30 sofreram lesões devido a fogos de artifícios, e oito não conseguiram terminar seus turnos.
Um dos incidentes ocorreu perto de Alexanderplatz, onde cerca de 500 pessoas atiravam fogos de artifício umas nas outras. A polícia dispersou o grupo, que foi em direção à Fonte de Netuno. Houve disparos de fogos contra a polícia, o que resultou em várias prisões.
Gangs attack bus drivers in Berlin on New Year’s Eve pic.twitter.com/FahQh2uDVk
— Visegrád 24 (@visegrad24) January 1, 2024
No bairro de Neukölln, várias detenções foram executadas depois que algumas pessoas tentaram produzir coquetéis molotov que a polícia diz ter confiscado.
Ao todo, o Corpo de Bombeiros havia registrado 750 chamadas até o meio da madrugada, e o Hospital de Acidentes de Berlim diz ter recebido ao menos 22 pacientes com ferimentos graves, principalmente nos olhos, no rosto e nas mãos, devido a fogos de artifício.
Dois jovens de 18 anos morreram devido a explosões de fogos de artifícios: um deles em Koblenz, no estado da Renânia-Palatinado, oeste da Alemanha, e outro em Eschlkam, na Baviera, na fronteira com a República Tcheca.
Em Colônia, em um incidente separado, três prisões foram feitas em conexão com um plano para atacar a icônica catedral da cidade.
Corporações se dizem satisfeitas
Para as corporações, o balanço final foi satisfatório. Apesar do alto número de prisões e de agentes feridos, as autoridades descreveram a operação como um sucesso e a noite como mais pacífica do que a do ano passado.
Berlin streets on fire after riots on New Year’s Eve
Germany pic.twitter.com/gHsYlEwHBT
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“Estamos satisfeitos com o conceito operacional. A diferença foi que pudemos intervir imediatamente devido ao grande número de policiais”, disse Dierschke à rede RBB.
A porta-voz argumentou que uma das razões para o alto número de prisões foi o fato de a presença da polícia ter sido intensificada, o que significa que os policiais puderam “intervir cedo e de forma eficaz”.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros, Adrian Wenzel, também fez um balanço positivo, ainda que o número de ocorrências tenha sido alto (750): “Houve incêndios menores em lixeiras, incêndios ocasionais em sacadas, mas nenhum incidente grave até agora.” Wenzel elogiou também o trabalho conjunto de cooperação com a polícia.
Celebrações em grande parte pacíficas
Em outros lugares da Alemanha, no entanto, as comemorações de Ano Novo ocorreram, em grande parte, de maneira pacífica, segundo informações divulgadas pela polícia.
Frankfurt, no estado de Hessen, foi um exemplo, embora fogos de artifício e foguetes tenham sido disparados contra pessoas, fazendo com que a polícia tivesse de efetuar diversas prisões preliminares. O Corpo de Bombeiros, porém, não foi acionado na cidade.
Em Hamburgo, no norte do país, dezenas de milhares de pessoas participaram das comemorações, incluindo cerca de 8 mil turistas. Um porta-voz da polícia disse que não houve incidentes envolvendo grupos maiores.
Um porta-voz dos bombeiros afirmou que um incêndio foi relatado em um prédio residencial pouco depois da meia-noite. No entanto, as maiores mobilizações ocorreram devido à queima de embalagens de fogos de artifício e outros focos menores envolvendo lixo.