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“Poeira radioativa”: soldados russos dirigem em Chernobyl sem proteção

Tropas russas tomaram o controle de Chernobyl em 24 de fevereiro, quando começou a guerra na Ucrânia

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Chernobyl
1 de 1 Chernobyl - Foto: GettyImages

Soldados russos estariam dirigindo veículos blindados em Chernobyl, pela região da Floresta Vermelha — área de extrema radiação. O movimento estaria levantando nuvens de “poeira radioativa”.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (28/3) por agências internacionais de notícias. Chernobyl é palco do maior desastre nuclear da história.

Segundo dois funcionários, o contato com essa “poeira radioativa” seria um “suicídio”. Eles informaram que respirar essas substâncias espalharia radiação pelo organismo.

Em 1986, ao menos 31 pessoas morreram imediatamente após uma explosão no local. Outras dezenas foram vítimas anos após receber a radiação.

Tropas russas tomaram o controle de Chernobyl desde 24 de fevereiro, quando começou a guerra na Ucrânia.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Suposta tortura

Os governos russo e ucraniano afirmam ter iniciado uma investigação para apurar um suposto caso de tortura a soldados russos feitos prisioneiros de guerra.

Um vídeo mostra supostos soldados ucranianos removendo três russos encapuzados de uma van antes de atirar nas pernas deles. O comandante militar ucraniano, Gen Valerii Zaluzhnyi, acusou a Rússia de manipular a gravação.

“O inimigo produz e compartilha vídeos com o tratamento desumano de supostos ‘prisioneiros russos’ por ‘soldados ucranianos’ para desacreditar as forças de defesa ucranianas”, acusa Zaluzhnyi.

Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que se o vídeo for verdadeiro, é “um comportamento absolutamente inaceitável”.

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