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Planos da Rússia incluem bombardeios à Ucrânia por 15 dias seguidos

Documentos sigilosos do exército russo, divulgados pelos ucranianos, mostram que Vladimir Putin também tinha objetivo de execuções públicas

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Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
Uma visão dos danos assentamentos civis após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia - Metrópoles
1 de 1 Uma visão dos danos assentamentos civis após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia - Metrópoles - Foto: Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images

Documentos sigilosos do exército russo, divulgados pelo governo ucraniano, mostram que o plano orquestrado pelo presidente Vladimir Putin era de executar bombardeios por 15 dias consecutivos no território invadido.

O Ministério da Defesa Ucraniano afirma que o planejamento ordenava a invasão pelo Mar Negro. O carimbo da documentação é datado de 18 de janeiro, suposta data em que foi autorizada pela cúpula do governo russo.

Além disso, a agência de inteligência da Rússia, por intermédio do Serviço Federal de Segurança, teria elaborado planos para execuções públicas de militares ucranianos.

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Duas mulheres levantam os braços enquanto vários agentes tentam expulsá-las de um protesto em frente à embaixada russa na Espanha, 3 de março de 2022, em Madri, Espanha
Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos em Lviv, Ucrânia
Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev
Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev
Uma visão dos danos causados em assentamentos civis, após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022
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Os refugiados chegam à cidade fronteiriça húngara de Zahony em um trem que veio da Ucrânia

Christopher Furlong/Getty Images
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Duas mulheres levantam os braços enquanto vários agentes tentam expulsá-las de um protesto em frente à embaixada russa na Espanha, 3 de março de 2022, em Madri, Espanha

Ricardo Rubio/Europa Press via Getty Images
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Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para bloquear veículos blindados e ajudar a defender a cidade em meio a ataques russos em Lviv, Ucrânia

Abdullah Tevge/Agência Anadolu via Getty Images
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Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev

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Soldados ucranianos patrulham em frente ao Monumento da Independência durante ataques russos em Kiev

Aytac Unal/Agência Anadolu via Getty Images
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Uma visão dos danos causados em assentamentos civis, após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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Um empreiteiro ucraniano de Leipzig fica na fronteira ucraniana-polonesa em Medyka. O homem aguarda autorização para passar por um transporte de socorro com medicamentos

Kay Nietfeld/picture aliança via Getty Images
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Uma visão dos danos causados em assentamentos civis, após ataques russos, em Kharkiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images
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Prédios e estruturas após ataques russos em Kharkiv, Ucrânia

Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia/Agência Anadolu via Getty Images

Putin dobra a aposta

Mesmo com a pressão internacional, Putin, no momento em que representantes da Rússia e da Ucrânia negociam um cessar-fogo, reforçou as ameaças. “O pior da guerra ainda está por vir”, alertou.

Nesta quinta-feira (3/3), em pronunciamento transmitido ao vivo do Kremlin, sede do governo russo, Putin voltou a chamar os ucranianos de neonazistas e fez uma série de acusações.

“Os neonazistas usam civis como escudos e blindados em áreas residenciais”, iniciou. O líder russo completou. “Os nacionalistas não estão permitindo a retirada segura das pessoas”, disse, se referindo aos refugiados. Mais de um milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia.

“Eles são brutais e agem de forma cruel com a comunidade. Nossos soldados estão fazendo o possível para não haver vítimas”, completou.

Segundo Putin, corredores verdes, que são rotas de fuga, são oferecidos em todas as zonas de combate, além de veículos. A criação dessas áreas foi tema de um apelo do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma entrevista gravada.

Putin comemorou as conquistas das suas tropas e prometeu aumentar a remuneração dos combatentes. “Eles lutam pela Rússia, pela vida pacífica em Donbass, pela desmilitarização e pela desnazificação”, frisou.

“A operação especial está saindo estritamente como o planejado e de acordo com o cronograma. Os soltados russos estão avançando na Ucrânia”, concluiu, ao pedir um minuto de silêncio pelas vítimas.

Em busca do cessar-fogo

Em meio à tensão global, representantes da Rússia e Ucrânia negociam um cessar-fogo nos bombardeios e a criação de “corredores verdes” para refugiados. A reunião começou no início da tarde desta quinta-feira, pelo horário de Brasília. Esse é o segundo encontro entre as delegações. Inicialmente, a conversa aconteceria na quarta-feira (2/3), mas acabou adiada. O encontro será realizado em Belarus, país que é acusado de facilitar a invasão e de executar ataques.

Um dos principais pontos da negociação é o estabelecimento de um armistício, ou seja, a suspensão temporária das hostilidades entre as tropas.

Horas antes do encontro para negociar um cessar-fogo, em declarações que elevaram a crise no Leste Europeu, Putin radicalizou e garantiu que as tropas da Rússia devem continuar os combates. A Ucrânia vive o oitavo dia de guerra.

Nesta quinta-feira, em pronunciamento transmitido do Kremlin, sede do governo russo, Putin alertou: “Os objetivos da operação da Rússia na Ucrânia serão alcançados em qualquer caso”, afirmou a integrantes do governo. Nos últimos dias, a Rússia falou em “guerra nuclear” em ao menos três ocasiões.

Putin ordenou que as tropas intensifiquem os bombardeios. Os ataques têm causado cada vez mais mortes e atingido grandes centros habitados.

Zelensky, em entrevista, feita por um pool da imprensa internacional, admitiu que muitos civis estão morrendo ao tentar fugir do país. “Precisamos de uma corredor verde para as pessoas saírem de Kharkiv. Carros com pessoas saindo foram baleados”, comentou.

Mapa regiões atacadas Ucrânia
Mapa ilustra os locais onde o país foi atacado

 

 

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