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Planalto e Itamaraty comemoram feito “histórico” de acordo Mercosul-UE

Agora, o acordo Mercosul-UE vai para revisão legal e tradução, antes de ser de fato assinado pelos dois blocos econômicos

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Presidentes Javier Milei, Lacalle Pou, Ursula von der Leyen, Lula e Santiago Peña na cúpula do Mercosul - Metrópoles
1 de 1 Presidentes Javier Milei, Lacalle Pou, Ursula von der Leyen, Lula e Santiago Peña na cúpula do Mercosul - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

A Presidência do Brasil chamou a conclusão, nesta sexta-feira (6/12), do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE) de feito “histórico”.

“Após 25 anos de negociações, o acordo entre Mercosul e União Europeia foi anunciado nesta sexta-feira, durante a 65ª Cúpula do Mercosul, no Uruguai”, escreveu no X o perfil oficial da Presidência da República.

Ao longo da semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demonstrou otimismo com a assinatura do tratado. O Itamaraty acompanhou o bom humor para a finalização do texto, apesar da resistência da França e da Argentina.

O Itamaraty, após a conclusão da aliança, avaliou que ela “de forma inovadora, abre oportunidades de comércio e investimentos sem comprometer a capacidade para a implementação de políticas públicas em áreas cruciais como saúde, desenvolvimento industrial e inovação”. Também destacou a “orientação do presidente Lula” para a conquista.

“O acordo também oferece mecanismos para lidar com eventuais impactos negativos de medidas unilaterais que possam afetar exportações do Mercosul. Os dois blocos acordaram compromissos em matéria de desenvolvimento sustentável que adotam abordagem colaborativa e equilibrada, reconhecendo que os desafios nessa área são comuns e devem ser enfrentados de forma cooperativa”, destacou o Ministério das Relações Exteriores, em nota.

Apesar de estar assinado desde 2019, pela gestão de Jair Bolsonaro (PL), diversas nações consideraram o texto antigo “inaceitável” e com poucos benefícios para os latino-americanos.

Agora, como explicou uma nota enviada pelo Palácio do Planalto, o termo “está agora pronto para revisão legal e tradução. Ambos os blocos estão determinados para conduzir tais atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo”.

Reação na Europa

Na Europa, há preocupação de como o agronegócio, importante setor econômico, reagiria ao anúncio, já que são contrários ao acordo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se antecipou e falou no Uruguai para esse grupo: “Aos produtores agrícolas, ouvimos e somos cientes das suas preocupações, estamos atuando com respeito e esse acordo tem salva guardas robustas, com proteção a alimentos e bebidas”.

Ela ainda ressaltou que o acordo “expande nosso mercado e abre emprego para ambas as partes”.

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