Pessimistas sobre luta jurídica, aliados de Trump já sugerem volta em 2024
Assessores admitem privadamente que batalha judicial é uma miragem e oficialização da vitória de Joe Biden é uma questão de tempo
atualizado
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Aliados do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, veem com pessimismo uma possível vitória jurídica contra a eleição de Joe Biden à Casa Branca. O jornal americano Washington Post publicou, nesta quinta-feira (12/11), que interlocutores mais próximos ao republicano já admitem que a batalha nos tribunais é uma “miragem” e falam em lançá-lo como candidato do partido em 2024.
Trump judicializou a disputa em seis estados, mas nenhuma ação relevante prosperou nas Cortes. Segundo o jornal norte-americano, a presidente do Partido Republicano, Ronna McDaniel, o chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, e o ex-chefe de campanha, Corey Lewandowski, já reconheceram a derrota em conversas privadas.
Apesar de insistirem publicamente que a eleição “não acabou”, republicanos apoiam a ideia de nova candidatura em 2024. Conforme emenda à Constituição dos EUA, um presidente só pode ser eleito duas vezes. Na história recente do país, dois candidatos à reeleição foram derrotados e decidiram não se candidatar novamente: Jimmy Carter, em 1980, e George Bush pai, em 1992.
Alguns aliados já deram declarações à imprensa defendendo campanha em 2024. É o caso do senador Lindsey Graham. Em entrevista à Fox News, disse que encorajaria Trump a pensar seriamente no assunto.
Mick Mulvaney, ex-chefe de gabinete da Casa Branca, disse “não ter dúvidas” de que atual presidente será candidato nas próximas eleições. Segundo o site de notícias Axios, dois assessores teriam ouvido do próprio Trump a intenção de se candidatar outra vez.