metropoles.com

Pesquisas apontam que separatistas catalães perderão maioria

Nas próximas eleições, eles teriam menos representantes, passando dos atuais 72 deputados que tinha em conjunto para 66 ou 67

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Eleições na Catalunha
1 de 1 Eleições na Catalunha - Foto: EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A poucas semanas das eleições para o governo da Catalunha, em 21 de dezembro, as mais recentes pesquisas de intenção de voto apontam que os partidos pró-independência da região autônoma podem perder a maioria necessária para governar sem depender de alianças com a oposição, como tinham até agora no Parlamento.

Em 27 de outubro, a aprovação pelo Parlamento autônomo de uma declaração unilateral de independência levou o governo da Espanha, com a autorização do Senado, a destituir o governo separatista de Carles Puigdemont e a convocar um pleito regional para dezembro.

O bloco independentista, formado pelos partidos Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Partido Democrata Europeu Catalão (PDeCAT) e Candidatura de Unidade Popular (CUP), terá, segundo duas pesquisas recém-divulgadas, menos representantes, passando dos atuais 72 deputados que tinha em conjunto para 66 ou 67, abaixo da chamada maioria absoluta, que é de 68.

O jornal El País publicou uma pesquisa na qual diz que essas três legendas conseguirão 46% dos votos, mesma porcentagem que os partidos constitucionalistas – o liberal Ciudadanos, o socialista PSC e o centro-direitista PPC.

Por sua vez, a pesquisa divulgada pelo jornal La Razón indica que os constitucionalistas terão 44,9% dos votos, contra 43,4% dos independentistas.

Nos dois casos, o partido decisivo seria o Catalunya en Comú (Catalunha em Comum, em português), uma coalizão de esquerda que defende que uma eventual independência deve vir de um referendo pactuado com o governo central espanhol e com garantia de legitimidade.

Ambas as pesquisas apontam como vencedor o ERC, cujo líder, Oriol Junqueras, está em prisão preventiva pelos crimes de insurreição, rebelião e desvio de recursos por apoiar o processo separattista, declarado ilegal em várias sentenças pelo Tribunal Constitucional, em Madri.

Junqueras era o vice-presidente no governo de Puigdemont, que há semanas está na Bélgica e em 4 de dezembro irá a um tribunal para a audiência de extradição solicitada pela Justiça espanhola.

No entanto, analistas políticos preveem que a campanha para as eleições autônomas catalãs, que começará na meia-noite de 4 de dezembro, será decisiva devido às dúvidas dos eleitores e à impressão de que o voto não está estabilizado, ao contrário de outros pleitos.

O próprio Puigdemont, que lidera uma chapa com alguns de seus conselheiros cassados e representantes da sociedade civil, concorre com uma candidatura sem a siglas de seu partido, o PDeCAT.

O ex-presidente regional faz campanha sobretudo através de entrevistas à imprensa e hoje gerou polêmica com declarações ao canal público israelense “1 Kan” nas quais propôs que os catalães
deveriam votar se desejassem pertencer à União Europeia.

“Talvez não haja muita gente que queira fazer parte” de uma UE “insensível ao abuso aos direitos humanos e democráticos de uma parte do território”, disse Puigdemont para justificar seu ponto de vista.

A secretária-geral do PP e ministra da Defesa da Espanha, María Dolores de Cospedal, criticou Puigdemont por propor essa consulta popular para tirar a Catalunha da UE, o que teria como efeito tirar as ajudas europeias que milhares de agricultores e criadores de gado catalães recebem.

Já o líder do Ciudadanos, Albert Rivera, equiparou Puigdemont com a política francesa ultradireitista Marine Le Pen, já que, a seu entender, “nacionalismo e populismo são dois lados da mesma moeda” que querem “destruir” a União Europeia.

Nesta segunda-feira (27), completa-se um mês das medidas tomadas pelo governo espanhol para afastar o governo de Puigdemont e assumir temporariamente o poder na Catalunha, e fontes oficiais ressaltam que o saldo é satisfatório, porque a normalidade voltou a imperar na administração pública local.

Outro fator que essas fontes destacam é o debate entre as principais legendas separatistas – ERC e PDeCAT – para abrirem mão da via unilateral no movimento separatista.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?