Peru: Justiça decreta prisão preventiva de Pedro Castillo por 18 meses
Ex-presidente peruano tentou dissolver Congresso do Peru e aplicar golpe de Estado, mas sofreu impeachment e foi detido
atualizado
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A Justiça peruana decretou prisão preventiva de 18 meses para o ex-presidente detido Pedro Castillo. Ele foi preso após fazer uma transmissão em que tentava dissolver o Congresso do país e decretar estado de emergência.
Logo após a tentativa de golpe, porém, Pedro Castillo teve o impeachment aprovado e foi preso. Sua vice, Dina Boluarte, assumiu o controle do país desde então e se tornou a primeira mulher na Presidência do Peru e a sexta pessoa a ocupar a cadeira em cinco anos.
O juiz de instrução Juan Carlos Checkley, da Corte Suprema de Instrução Preparatória, acatou o pedido do Ministério Público peruano que pedia 18 meses de detenção para o ex-presidente nessa quarta-feira (14/12). Para o magistrado, não há alternativa além da prisão, uma vez que Pedro Castillo apresentaria “conduta obstrucionista e de fuga”.
O ex-presidente é investigado por rebelião, conspiração para rebelião, abuso de poder e distúrbio da ordem pública. Com a recente tentativa de golpe de Estado e prisão de Pedro Castillo, uma série de protestos se instaurou no país. Nove pessoas já morreram, 26 estão hospitalizadas e mais de 100 ficaram feridas.
A defesa de Castillo pretende recorrer da decisão. O juiz afirmou que o ex-presidente “tinha plena consciência de sua decisão e, apesar disso, a materializou quando tentou aplicar um golpe de Estado.
Para a acusação, além de Castillo, também são coautores da tentativa fracassada de golpe os ex-primeiros-ministros Betsy Chávez e Aníbal Torres, o ex-ministro do Interior Willy Huerta e o ex-ministro do Comércio Exterior e Turismo Roberto Sánchez.