Peru: chega a 25 o número de mortos em protestos pró-Castillo
Manifestantes favoráveis ao ex-presidente começaram a protestar depois de Castillo ser destituído e preso
atualizado
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A escalada da violência nas manifestações peruanas após a destituição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo continua. Até este domingo (18/12), o Ministério da Saúde do Peru registrou 25 mortos, 287 altas médicas e 69 hospitalizados.
Castillo tentou dissolver o Congresso peruano e abrir um estado de exceção no dia 7 de dezembro. O parlamento, porém, aprovou seu impeachment e o ex-presidente acabou preso. Sua vice, Dina Boluarte, assumiu o cargo.
A cidade com o maior número de mortos é Ayacucho, há 560 quilômetros da capital Lima, com nove vítimas. Manifestantes na cidade já tentaram tomar o aeroporto e atearam fogo às sedes do poder Judiciário local.
Apurímac conta com seis mortos, enquanto as cidades de Cusco, Junín, La Libertad registram três óbitos cada. Em Arequipa, uma pessoa morreu.
Hospitalizados (69): Ayacucho (20), Junín (17), La Libertad (12), Ucayali (6), Apurímac (5), Lima (4), Arequipa (4), Huancavelica (1) / Fallecidos (25): en Ayacucho (9), Apurímac (6), Cusco (3), Junín (3), La Libertad (3) y Arequipa (1).
— Ministerio de Salud (@Minsa_Peru) December 18, 2022
Castillo foi condenado pela Justiça a 18 meses de prisão preventiva. Na última quarta-feira (14/12), o ministro da Defesa do Peru, Luis Alberto Otárola, declarou estado de emergência em âmbito nacional pelo período de 30 dias.
De acordo com o ministro, a medida visa garantir a ordem, continuidade das atividades econômicas e a proteção das famílias peruanas. A decisão suspende os direitos de liberdade de circulação, inviolabilidade domiciliar, entre outros.
Organizações de direitos humanos, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), suspeitam que o Estado peruano tem utilizado armas fatais para dispersar os manifestantes.