Pentágono diz que soldados russos estariam se rendendo na Ucrânia
Órgão de segurança dos EUA diz que os militares russos enfrentam dificuldades para se manter no front, como falta de combustível e comida
atualizado
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Sem comida e combustível, soldados russos estariam se rendendo aos ucranianos, segundo informações do Pentágono, órgão de segurança dos Estados Unidos. As informações foram divulgadas pelo jornal New York Times.
Segundo a inteligência americana, os soldados não apresentam resistência às forças ucranianas, e “por vezes estão sabotando seus próprios veículos para evitar entrar em combate”.
“De acordo com um alto funcionário do Pentágono, os soldados estão encontrando problemas como falta de combustíveis e alimentos na campanha, e se deparando com questões morais, como atirar contra cidadãos de um país que é cultural e historicamente próximo da Rússia. Alguns deles chegaram a furar os tanques de combustíveis de seus veículos”, ressalta a reportagem.
No domingo (27/2), o prefeito da cidade ucraniana de Kharkiv, Oleg Synegubov, afirmou que soldados russos estão se rendendo. As tropas militares da Rússia invadiram a região nesta manhã, provocando confrontos violentos.
Synegubov afirma que os soldados russos capturados relataram desconhecer as ordens militares da Rússia. “Eles não tem ligação nenhuma com o comando central, não entendem e não conhecem suas ações”, disse.
Ataques
No início da tarde desta terça-feira (1º/3) o exército russo bombardeou uma torre de transmissão de TV em Kiev, capital ucraniana.
A investida é uma tentativa de impedir a circulação de informações sobre os conflitos, a estratégia militar e os pontos atacados mais recentemente. Canais de TV saíram do ar.
O Ministério do Interior ucraniano informou que equipes foram enviadas ao local, que fica próximo a uma área habitada, para averiguar os danos. Pelo menos cinco pessoas morreram, mas ainda não se sabe quantos ficaram feridos.
Antes desta investida, o exército russo alertou que fará ataques a órgãos de serviço de segurança em Kiev. Trata-se de mais uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de tomar o controle do poder.
Um comboio de centenas de tanques está indo em direção a Kiev. Juntos, os veículos de guerra se estendem por 64 quilômetros. Na segunda-feira (28/2), a fila era de 27 quilômetros. Os blindados estão a 30 quilômetros do centro da capital ucraniana.
Nesta terça-feira (1º/3), duas agências de notícias russas, Tass e RIA, afirmaram que o país vai atacar Kiev de forma mais incisiva. Na madrugada, um prédio do governo foi alvejado em Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana.
O objetivo, segundo o governo, é evitar “ataques de informação”. As mesmas agências comunicaram que os militares russos pediram para os civis ucranianos deixarem locais próximos dos serviços de segurança e das unidades de operações especiais.