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Pence diz que história responsabilizará Trump por invasão ao Capitólio

Ex-vice-presidente afirmou que Donald Trump estava errado ao questionar eleições nos EUA e inflar apoiadores a atacarem o Capitólio

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1 de 1 Imagem mostra Mike Pence e Donald Trump, ex-vice e ex-presidente, respectivamente, dos EUA - Metrópoles - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence não poupou críticas a Donald Trump, de quem era companheiro de chapa, durante um jantar comemorativo no sábado (11/3). Ao relembrar do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, o republicano disse que a história responsabilizará o ex-presidente por aquele evento.

Em um jantar Pence afirmou que Trump “zomba da decência” ao não se referir aos atos de 6 de janeiro de 2021 com uma “desgraça”. Naquela data, milhares de apoiadores do ex-presidente invadiram o Capitólio, nome dado ao Congresso dos EUA.

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Naquela data, Pence, então vice-presidente e com o papel constitucional de presidente do Senado, estava no prédio presidindo a cerimônia de aprovar os votos do colégio eleitoral. Enquanto isso, Trump publicava tuítes pedindo aos apoiadores que lutassem e criticando Pence por certificar o resultado das eleições em que foi derrotado para Joe Biden.

“O presidente Trump estava errado”, disse Pence. “Eu não tinha o direito de anular a eleição e suas palavras imprudentes colocaram em perigo minha família e todos no Capitólio naquele dia. Eu sei que a história responsabilizará Donald Trump”, apontou.

Apesar de não ter falado muito sobre o assunto nos meses seguintes, Pence depois escreveu um livro em que acusa Trump de colocar a família dele em perigo. Isso foi em novembro do ano passado e, desde então, subiu o tom das críticas, como no sábado.

“O que aconteceu naquele dia foi uma desgraça. E zomba da decência retratá-lo de qualquer outra maneira. Enquanto eu viver, nunca, jamais diminuirei os ferimentos sofridos, as vidas perdidas ou o heroísmo da aplicação da lei naquele dia trágico”, concluiu.

Invasão ao Capitólio

Apoiadores de Trump, que não aceitaram o resultado do pleito de novembro de 2020, invadiram o local em que ocorria a sessão que certificaria Joe Biden como presidente eleito, o Capitólio dos Estados Unidos. Deputados e senadores foram retirados do prédio pouco antes da invasão.

Em mensagem nas redes sociais, o presidente Donald Trump pediu que os seus partidários que protestassem “pacificamente” e que confiassem nas forças de segurança americanas. Entretanto, momentos antes, houve vandalismo e confrontos durante a tentativa de invasão, quando extremistas conseguiram ultrapassar as barreiras de segurança e entrar no Capitólio.

Por causa dos confrontos, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou toque de recolher na cidade a partir das 18h locais (20h de Brasília). Na ocasião, a medida ficou em vigor por 12 horas.

O governador de Virginia, Ralph Northam, chegou a declarar estado de emergência e também estabeleceu um toque de recolher a partir das 18h nas regiões de Arlington e Alexandria, que ficam nas proximidades de Washington D.C.

O chefe de polícia de Washington DC, Robert Contee, informou que 52 pessoas foram presas, das quais 47 por desrespeitarem o toque de recolher. Mais de 50 policiais ficaram feridos. Também segundo a polícia, cinco pessoas morreram.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça, o FBI e o Congresso ainda investigam a invasão do Congresso. Até hoje, pelo menos 950 extremistas foram presos.

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