Em 50 anos, 81% dos peixes migratórios de água doce foram perdidos
Peixes migratórios estão em declínio acentuado desde a década de 1970, mas o caso ainda mais alarmante se localiza no continente americano
atualizado
Compartilhar notícia
Na data que assinala o Dia Mundial da Migração dos Peixes, o novo relatório do Índice Planeta Vivo 2024 (The Living Planet Index, em inglês) sobre peixes migratórios de água doce revela um colapso surpreendente de 81% no tamanho das populações monitorizadas, em média, entre 1970 e 2020. Mas, identifica ainda declínios mais catastróficos de 91% na América Latina, do Sul e nas Caraíbas. Na Europa a perda é de 75%.
No estudo global dedicado aos peixes migratórios e aos rios de fluxo livre lançado pela World Fish Migration Foundation (Fundação Mundial para a Migração de Peixes), são analisadas as tendências populacionais de 284 espécies de peixes de água doce e as conclusões são nítidas: as populações reduziam em todas as regiões do mundo.
“Apesar de séculos de resiliência contra desafios naturais, as migrações de peixes têm sido interrompidas pela interferência humana, levando a declínios massivos da população. Quase um terço de todas as espécies de água doce está ameaçada de extinção e os peixes migratórios são desproporcionalmente ameaçados em comparação com peixes não migratórios”, alerta o fundador da WFMF, Herman Wanningen.
Os peixes migratórios estão em declínio acentuado desde a década de 1970, mas o caso ainda mais alarmante se localiza no continente americano. “O declínio catastrófico nas populações de peixes migratórios é um alerta para o mundo. Devemos agir agora para salvar estas espécies fundamentais e os seus rios”, alertam os pesquisadores.
Leia a matéria completa no portal Diário de Pernambuco, parceiro do Metrópoles.