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“Patriota”: jornalista russa antiguerra nega oferta francesa de asilo

Marina Ovsyannikova ficou mundialmente conhecida ao protestar contra a invasão russa em uma das maiores emissoras estatais do país

atualizado

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Reprodução/Redes sociais
jornalista russa Marina Ovsyannikova
1 de 1 jornalista russa Marina Ovsyannikova - Foto: Reprodução/Redes sociais

A jornalista russa Marina Ovsyannikova, que protestou contra a guerra na Ucrânia em uma das maiores emissoras estatais da Rússia, negou o asilo oferecido pela França. Para justificar a recusa, ela se definiu como uma “patriota”.

Ovsyannikova afirma ter sido submetida a 14 horas de interrogatório, e solta com a obrigação de pagar uma multa. Ela se declarou inocente em julgamento por “protesto ilegal”.

“Eles não me deixaram entrar em contato com minha família e amigos e não recebi nenhuma assistência jurídica”, explicou Ovsyannikova. Daniil Berman, advogado de defesa da jornalista, teme que ela seja enquadrada na nova lei que atribui até 15 anos de prisão para a publicação de “informações falsas” sobre o Exército russo. “Há uma boa chance de que as autoridades decidam dar o exemplo para que outros críticos se calem”, afirmou à AFP.

Marina já não faz mais parte do quadro de funcionários da Channel One. Na segunda-feira (14/3), ela exibiu um cartaz em russo durante a programação com os dizeres: “Parem a guerra. Não acreditem na propaganda. Eles estão mentindo para você”, dizia o cartaz. Enquanto mostrava o papel, a jovem gritava: “Parem a guerra! Não à guerra!”.

Logo após o protesto, o sistema OVD-Info, que monitora prisões de opositores ao Kremlin, divulgou um vídeo em que Ovsyannikova pede desculpas pelo seu trabalho no Channel One. A emissora é uma das que apoia o governo russo e costuma se referir à guerra como “operação militar especial” feita para “desnazificar” a Ucrânia.

“O que está acontecendo na Ucrânia é um crime, e a Rússia é agressora. A responsabilidade pela agressão é de um homem: Vladimir Putin. Meu pai é ucraniano, minha mãe é russa, e eles jamais foram inimigos”, afirma no vídeo. “O mundo inteiro virou as costas para nós, e nem dez gerações de nossos descendentes vão limpar essa guerra fratricida.”

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