Parlamento francês aprova retirada de primeiro-ministro do poder
Michel Barnier terá de deixar o cargo após 331 parlamentares votarem pela deposição dele, que tomou posse em setembro deste ano
atualizado
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O Parlamento da França aprovou nesta quarta-feira (4/12) a saída de Michel Barnier. Ele terá de entregar o cargo ao presidente Emmanuel Macron.
Já havia a expectativa nos últimos dias de que Barnier pudesse ter de deixar o cargo. A permanência na função estava ameaçada após ele fazer opção, na última segunda-feira (2/12), por um procedimento polêmico no qual aprovou o orçamento sem que o texto passasse por votação.
As informações são do jornal Le Monde.
Ao todo, 331 parlamentares votaram pela deposição de Barnier. O primeiro-ministro é o segundo da Quinta República a ser derrubado, após o de Georges Pompidou em 1962. Com a decisão do Parlamento, a demissão do primeiro-ministro é automática após o voto de censura. Isso está previsto no texto do artigo 50.º da Constituição da França.
Michel Barnier é ex-negociador da União Europeia (UE) no Brexit. Ele chegou ao cargo de primeiro-ministro após ser nomeado pelo presidente Emmanuel Macron, no último dia 5 de setembro.
O primeiro-ministro, de 73, anos é um político tradicional de direita. A escolha de Barnier para o cargo veio após semanas de negociação e uma eleição parlamentar que não foi favorável a Macron.