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Dez dias depois do mergulho da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, a baixa qualidade da água no rio Sena levou ao cancelamento dos treinos de triatlo neste domingo (28/7). Os organizadores planejam que a parte aquática das provas de triatlo e a natação em águas abertas sejam disputados no rio que corta Paris.
Durante a noite de sábado (27/7) para domingo (28/7), a comissão organizadora dos Jogos Olímpicos, a Federação Internacional de Triatlo e as autoridades sanitárias locais tomaram a “decisão comum de cancelar a parte de natação da familiarização do triatlo”, marcada para domingo, porque o “os níveis da água não apresentam garantias suficientes”, afirmaram, em comunicado de imprensa.
Na tarde de sábado, os organizadores já tinham avisado que a chuva da véspera, de cerca de 16 milímetros, poderia piorar a qualidade da água.
Prioridade é saúde dos atletas
O nível de bactérias E.Coli e enterococos encontrados não foram especificados pelos três órgãos, que destacaram a preocupação com a saúde dos atletas. Antes de nadar na terça (30/7) e quarta-feiras (31/7), os triatletas teriam a possibilidade de se “familiarizar” com o rio, ou então continuar a treinar na piscina, como na lendária George Vallerey, no leste de Paris.
Devido às fortes chuvas no outono e começo do verão, a água do Sena ficou imprópria para o banho durante grande parte de junho, impossibilitando a natação. Por outro lado, de 17 a 23 de julho, as análises da qualidade da água estiveram dentro dos padrões sanitários.
“Dada a previsão do tempo para as próximas 48 horas, Paris 2024 e o Mundial de Triatlo estão confiantes de que a qualidade da água retornará abaixo dos limites antes do início das competições de triatlo em 30 de julho”, garantiram, em comunicado conjunto.
O sol voltou à capital francesa neste domingo. No sábado, um dirigente da equipe americana de triatlo expressou confiança. “Com um monitoramento atento e observando como o sistema (implantado de coleta de água da chuva) responde às chuvas, temos realmente uma boa chance de fazer o triatlo completo”, disse o gerente de alto desempenho da equipe americana, Scott Schnitzspahn.
O Estado e a região de Ile-de-France, onde fica a capital, injetaram € 1,4 mil milhões desde 2016 para despoluir o Sena e o seu principal afluente, o Marne, graças à modernização das estações de tratamento de águas, ligação dos barcos ancorados à rede de esgotos e melhoria no recolhimento de resíduos, entre outras medidas.
O plano resultou em cinco grandes obras, incluindo uma bacia de retenção de águas pluviais e residuais perto da estação d’Austerlitz, no centro de Paris.
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