Para se diferenciar da Rússia, Zelensky muda data do Natal na Ucrânia
Volodymyr Zelensky assinou lei que muda o Natal na Ucrânia de 7 de janeiro, como na Rússia, para 25 de dezembro
atualizado
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![O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskyy durante seu discurso regular à nação, Kiev, capital da Ucrânia](/_next/image?url=https%3A%2F%2Ffly.metroimg.com%2Fupload%2Fq_85%2Cw_700%2Fhttps%3A%2F%2Fuploads.metroimg.com%2Fwp-content%2Fuploads%2F2022%2F03%2F12112647%2Finvasa%25CC%2583o-da-russia-ucrania-guerra-destruicao-mortes-1.jpg&w=3840&q=75)
Invadida pela Rússia, a Ucrânia tem feito esforços para desfazer laços religiosos e culturais com o país governado por Vladimir Putin, renunciado a tradições. Seguindo esse espírito, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, sancionou, na última sexta-feira (28/7), uma lei que muda a data no Natal no país, de 7 de janeiro, como na Rússia, para 25 de dezembro, como no ocidente.
Como a Rússia, a Ucrânia segue o calendário da Igreja Ortodoxa. Desde 2019, porém, os ucranianos foram se afastando da Igreja Ortodoxa Russa diante das investidas bélicas do país vizinho, que tiveram o apoio da organização religiosa, aliada de Putin.
“A população ucraniana esteve por muito tempo sujeita à ideologia russa em quase todas as esferas da vida, inclusive com o calendário juliano e a celebração do Natal em 7 de janeiro”, diz nota que justifica a nova lei, aprovada há duas semanas pelo Parlamento da Ucrânia e agora sancionada pelo presidente.
Entre outras mudanças na Ucrânia para se distanciar de tudo que for ligado à Rússia estão a troca de nomes de ruas que homenageavam figuras russas ou soviéticas. Filmes russos feitos desde 2014 também foram banidos na Ucrânia e monumentos soviéticos estão sendo derrubados.
A guerra
A Rússia, que já havia invadido e ocupado a região ucraniana da Criméia em 2014, voltou a atacar o país vizinho em fevereiro de 2022. Desde então, a Ucrânia tem resistido com a ajuda de potências ocidentais, como Estados Unidos, França e Inglaterra, mas Putin ainda não dá mostras que pretende desistir de ocupar novas áreas no país invadido.