Para ministra do Japão, fala de Ghosn sobre fuga é “intolerável”
Ex-presidente da Nissan afirmou que a justiça japonesa feriu seus direitos humanos básicos e que foi “brutalmente” retirado de sua família
atualizado
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A ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, afirmou que são “absolutamente intoleráveis” as declarações do ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn após sua fuga do Japão. Ele concedeu uma entrevista a jornalistas do mundo todo no Líbano, na quarta-feira (08/01/2020).
Aos repórteres, Ghosn disse que a justiça japonesa feriu seus direitos humanos básicos e que foi “brutalmente” retirado de sua família. Ele também acusou autoridades do Japão e executivos da Nissan de perseguição.
Como resposta às acusações do brasileiro, a ministra divulgou uma nota dizendo que “o tribunal libertou o réu Ghosn sob fiança porque ele prometeu cumprir as condições da fiança de que ele não deve se esconder, fugir ou viajar para o exterior, mas ele fugiu do Japão, e fugiu de seu julgamento criminal.”
“Tal ação não seria tolerada pelo sistema de nenhuma nação. Além disso, ele tem propagado informações falsas no Japão e no mundo sobre o sistema jurídico e sua prática no Japão. Isso é absolutamente intolerável”, continua a ministra.
O comunicado afirma ainda que “o sistema de justiça criminal do Japão estabelece procedimentos apropriados e é administrado adequadamente para esclarecer a verdade nos casos, garantindo os direitos humanos individuais básicos” e que “o governo japonês tomará todas as medidas disponíveis para que os procedimentos criminais possam ser atendidos adequadamente”.
Veja a íntegra da nota:
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