Para controlar hiperinflação, Venezuela vai cortar seis zeros da moeda
Entre janeiro e maio deste ano, inflação na Venezuela ficou acima de 250%, mas dados já assustam há quatro anos
atualizado
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O Banco Central da Venezuela anunciou, nesta quinta-feira (5/8), que vai cortar seis zeros da moeda em uma tentativa de controlar a hiperinflação que atinge o país. A mudança passa a valer a partir de outubro, quando a moeda Bolívar digital entra em vigor.
O BCV, no entanto, ressaltou que, além de não haver alteração no valor da moeda, o bolívar físico continuará a valer. Uma nova família de moedas e cédulas com valor máximo de 100 bolívares também será instituída.
O objetivo principal da medida é evitar a inflação, que, entre janeiro e maio deste ano, ficou acima de 250%. Há quatro anos, o país enfrenta uma recessão generalizada e sofre de hiperinflação. Assim, a nova moeda reduzirá custos por transações na economia.
Em 2018, o país cortou cinco zeros da moeda e instituiu a moeda atual, o bolívar soberano. Mesmo assim, em 2020, a inflação na Venezuela ultrapassou 4.000% em 12 meses.
Em comunicado oficial, o governo venezuelano afirmou que a mudança faz parte de um “processo progressivo de modernização dos seus sistemas de pagamento e que recentemente iniciou as operações do novo Sistema de Troca de Mensagens Financeiras, feito localmente, por venezuelanos, promovendo a independência de sistemas estrangeiros para operações bancárias nacionais na consolidação da utilização efetiva do bolívar”.