Paquistão: polícia afirma que atentado foi represália a ação policial
Homem-bomba se explodiu em uma mesquita dentro de quartel-general da polícia nesta segunda-feira (30/1) e deixou ao menos 100 mortos
atualizado
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O atentado que deixou ao menos 100 mortos em uma mesquita no Paquistão nesta segunda-feira (30/1) foi retaliação a operações da polícia local contra grupos islâmicos armados, segundo afirmou o chefe da corporação. Uma mesquita dentro do quartel-general da polícia de Peshawar foi alvo de uma explosão causada por um homem-bomba.
O ataque foi reivindicado pelo talibã paquistanês, conhecido como Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP). A explosão aconteceu durante a tradicional oração do meio-dia, quando entre 300 e 400 pessoas, em sua maioria agentes policias, estavam na mesquita.
A estimativa do número de mortos começou com 3o pessoas, mas as autoridades locais já disseram que o último balanço foi de 100 mortos e 221 feridos, policiais em sua grande maioria. “Estamos na linha de frente” na luta contra os movimentos islâmicos armados “e é por isso que fomos atacados”, disse à AFP o chefe da polícia de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan.
O conflito entre forças policiais de Peshawar e o talibã se intensificou quando o grupo armado voltou a controlar a cidade a Cabul, a capital do Afeganistão, que fica a cerca de 50 quilômetros da fronteira com o Afeganistão. Desde então, ataques contra patrulhas e delegacias de polícia e bloqueios de estradas aumentaram na cidade e em áreas tribais próximas a Peshawar.
A maior parte dos ataques foi reivindicada pelo talibã paquistanês, braço do grupo terrorista que voltou a ganhar força após o talibã tomar o poder em Cabul. Outros ataques foram obras do EI-K, o braço regional do grupo jihadista EI (Estado Islâmico).
À AFP, o chefe da polícia provincial, Moazzam Jah Ansari, disse que homem-bomba carregava entre 10 e 12 quilos de “pequenos explosivos”. Ele apontou que um grupo às vezes relacionado com o TTP pode estar por trás do ataque.