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Papa sobre Ucrânia: “É uma guerra que leva à morte e destruição”

Pontífice falou neste domingo (6/3) sobre o conflito e voltou a pedir o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia

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papa Francisco celebra missa de páscoa
1 de 1 papa Francisco celebra missa de páscoa - Foto: Reprodução

O papa Francisco voltou a falar, neste domingo (6/3), sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Há 10 dias, mísseis, tanques e militares em trincheiras voltaram a fazer parte do cotidiano com a invasão.

Para o papa Francisco, o conflito na Ucrânia não é uma “operação militar especial”, mas “uma guerra, que está levando a morte, destruição e miséria”.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

Getty Images
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

Poca/Getty Images
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente da Rússia Vladimir Putin sempre se referiu à ofensiva como “operação militar especial” e jamais citou os termos “guerra” ou “invasão”.

Redes sociais

Em publicação nas redes sociais na Quarta-feira de Cinzas (2/3), o papa Francisco pediu que o mundo se junte em orações e jejum pela paz na Ucrânia.

“Oração, caridade e jejum não são remédios só para nós, mas para todos: podem, de fato, mudar a história, porque são os meios principais que permitem a Deus intervir na vida nossa e do mundo. São as armas do espírito”, escreveu.

Francisco defende ainda que, mesmo com “coração dilacerado pelo que acontece na Ucrânia”, os fiéis não devem esquecer também de guerras em outras partes do mundo, como Iêmen, Síria, Etiópia.

Telefonema para Zelenskyi

No sábado (26/2), o religioso telefonou ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyi, e manifestou “profunda dor pelos trágicos eventos” que ocorrem no país.

O líder religioso tem condenado nos últimos dias o conflito no Leste Europeu.

O papa tem quebrado o padrão da Igreja Católica e dado declarações que interferem no mundo político. Desde o início do ataque russo à Ucrânia, realizou gestos que condenam a ação militar.

 

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