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Papa reafirma que Igreja Católica é aberta a LGBTQIA+, mas há regras

Na volta ao Vaticano após participar da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, papa Francisco disse que Igreja Católica é a aberta a todos

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papa francisco na missa do galo de 2021
1 de 1 papa francisco na missa do galo de 2021 - Foto: Vaticano/Reprodução

Mais uma vez, o papa Francisco tocou no assunto da homossexualidade dentre da Igreja Católica. Ele afirmou que a instituição “está aberta para todos”, contudo, “há legislações que regulam a vida dentro da Igreja”.

O líder religioso deu as declarações em uma coletiva de imprensa no retorno ao Vaticano, depois de viajar para Lisboa. Em Portugal, o argentino participou da Jornada Mundial da Juventude, um dos maiores eventos católicos do mundo.

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O pontífice saindo após o fim da missa
Papa Francisco durante missa de Natal, em 24/12/2022
Papa Francisco durante audiência geral no Vaticano
Papa Francisco
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O pontífice saindo após o fim da missa

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Papa Francisco durante missa de Natal, em 24/12/2022

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Papa Francisco durante audiência geral no Vaticano

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Papa Francisco

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“Não gosto de dizer que venham todos, ‘mas você isto, você aquilo…”. Todos. Depois, cada um, na oração, no diálogo interior, no diálogo com os agentes pastorais, procure a forma de seguir em frente”, apontou Francisco. “Por que é que os homossexuais não? Todos”, continuou o papa.

Francisco repetiu que a “Igreja está aberta para todos”, mas que “há legislações que regulam a vida dentro da Igreja”. “Não quer dizer que esteja fechada. Cada um encontra Deus pelo seu próprio caminho, dentro da Igreja, e a Igreja é Mãe, guia cada um, pela sua estrada”, disse ao jornalistas.

Na opinião do sumo pontífice, há “uma espécie de olhar” que enxerga a Igreja Católica não como mãe, mas como “uma espécie de alfândega”. “Para entrar, você deve fazer isto ou desta forma e não de outra”, criticou. “O Senhor é claro: sãos e doentes, jovens e velhos, feios e bonitos, bons e maus, mesmo quem tem uma moral feia e uma boa moral. Todos têm lugar na Igreja”, continuou.

A diferença, segundo o papa Francisco, é a ministerialidade, ou seja, o modo como o assunto é levado dentro da Igreja Católica: “Acompanhar as pessoas, passo a passo, no seu caminho de amadurecimento”, explicou.

Papa: mulheres trans “são filhas de Deus”

Papa Francisco, em seus mais de 10 anos no comando do Vaticano, falou diversas vezes sobre a relação da Igreja com os homossexuais. Na verdade, nos últimos dias, é a segunda vez que ele toca no assunto.

Na última sexta-feira (4/8), a revista espanhola Vida Nueva publicou uma entrevista com o pontífice em que ele diz não se preocupar com o incômodo que alguns sentem pelo fato de ele acolher mulheres trans no Vaticano durante a audiência geral das quartas-feiras. “A primeira vez que me viram elas saíram chorando, dizendo que eu havia dado a mão a elas, um beijo. Como se eu tivesse feito algo excepcional”, disse o argentino.

“Mas elas são filhas de Deus! E Ele gosta de vocês assim”, acrescentou. Francisco voltou a frisar que a Igreja Católica precisa estar aberta ao diálogo com todos. “É algo que nos foi ensinado por Jesus”, afirmou. Agir diferente, argumentou, seria um sinal de “fraqueza” e de falta de fé na “força do Evangelho”.

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