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Papa pede corredores humanitários na Ucrânia: “Destruição bárbara”

Neste domingo (1º/5), o papa Francisco denunciou ainda que a guerra na Ucrânia é uma “regressão macabra para a humanidade”

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Papa Francisco com a cabeça abaixada sobre as mãos - Metrópoles
1 de 1 Papa Francisco com a cabeça abaixada sobre as mãos - Metrópoles - Foto: Getty Images

Durante discurso na manhã deste domingo (1º/5), o papa Francisco denunciou a destruição de Mariupol, na Ucrânia, e fez apelo pela abertura de corredores humanitários para o resgate de civis. Segundo sumo pontífice, a cidade foi “bombardeada e destruída de forma bárbara”.

“Meus pensamentos estão com a cidade ucraniana de Mariupol, bombardeada e destruída de forma bárbara. Eu reitero meu pedido de abertura de corredores humanitários seguros”, declarou Francisco durante a oração na Praça de São Pedro, no Vaticano.

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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra

Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito

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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local

Pawel.gaul/ Getty Images
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km

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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia

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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país

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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro

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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta

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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território

AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território

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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado

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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles

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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo

Vinícius Schmidt/Metrópoles

O papa afirmou ainda que a guerra na Ucrânia é uma “regressão macabra para a humanidade”. “Não abdiquemos nunca diante da lógica da violência, da espiral perversa das armas”, disse o representante da Igreja Católica.

A cidade de Mariupol foi totalmente destruída pelos ataques russos. O país comandado por Vladimir Putin afirmou ter tomado a cidade no dia 19 de abril, mas a fábrica de Azovstal e os arredores ainda reuniam a resistência ucraniana.

Na madrugada deste domingo, uma operação de resgate de dezenas de civis em Mariupol, na Ucrânia, foi arquitetada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Cruz Vermelha Internacional.

Segundo o porta-voz das Nações Unidas, Jens Laerke, cerca de 40 pessoas foram resgatadas durante a operação. Elas estavam escondidas em bunkers da siderúrgica Azovstal, em Mariupol, tentando se proteger dos bombardeios russos. Ainda segundo a ONU, estima-se que outros 1.000 civis estejam na região.

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