1 de 1 Papa Francisco
- Foto: Getty Images/Franco Origlia
O papa Francisco reforçou, neste domingo (5/6), seu apelo para que líderes busquem uma solução diplomática com intuito de encerrar a guerra na Ucrânia.
“Enquanto a fúria da morte e da destruição continua e as posições conflitantes se espalham, alimentando uma escalada cada vez mais perigosa para todos, renovo um apelo aos líderes nacionais: por favor, não arruinem a humanidade”, declarou o pontífice.
“Façam negociações reais, conversas concretas por um cessar-fogo e por uma solução sustentável. Ouça o grito desesperado das pessoas que sofrem — vemos isso todos os dias na mídia — respeite a vida humana, pare a destruição macabra de cidades e aldeias em todos os lugares”, continuou.
A declaração foi dada após a oração de Pentecostes feita dos aposentos papais em frente à Praça São Pedro, no Vaticano.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
Agustavop/ Getty Images
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
Kutay Tanir/Getty Images
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
Elena Aleksandrovna Ermakova/ Getty Images
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
Will & Deni McIntyre/ Getty Images
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
No sábado (4/6), durante encontro com crianças, o papa Francisco afirmou que pretende visitar a Ucrânia, “no momento certo”.
“Eu gostaria de ir à Ucrânia. Mas, tenho que esperar o momento certo para fazê-lo, porque não é fácil tomar uma decisão que pode fazer mais mal ao mundo inteiro do que bem”, disse.
“Esta semana me encontro com representantes do governo ucraniano, que vêm falar sobre uma possível visita minha lá. Vamos ver o que acontece”, finalizou.
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