Papa Francisco beija tatuagem de sobrevivente do Holocausto
O encontro entre Lidia Maksymowicz, de 80 anos, e o líder da Igreja Católica aconteceu nesta quarta-feira (26/5) em audiência no Vaticano
atualizado
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Um vídeo que circula na internet mostra o momento em que o Papa Francisco beija o número tatuado em uma sobrevivente de experimentos médicos no campo de concentração nazista de Auschwitz. O encontro entre Lidia Maksymowicz, de 80 anos, e o líder da Igreja Católica aconteceu nesta quarta-feira (26/5) em audiência no Pátio de São Dâmaso, no Vaticano.
“Começamos o dia com um momento emocionante”, escreveu um portal do Vaticano em post nas redes sociais.
Nas imagens, a mulher levanta a manga esquerda para mostrar o número 70072. Em um gesto surpreendente, o pontífice beija o braço de Lidia e ela o abraça.
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“Com o Santo Padre nos entendemos com um olhar, nenhuma palavra foi necessária”, falou Lidia ao jornal do Vaticano.
De acordo com as informações, ela e a família foram levados de casa, na Bielorrússia, para o campo de extermínio nazista na Polônia, em dezembro de 1943, pouco antes de seu terceiro aniversário. Ela foi transferida para um barracão infantil, onde foi submetida a experimentos médicos.
Em 1945, após a libertação do campo, soldados russos a informaram que sua mãe, Anna, tatuada com o número 70071, estava morta. Lidia foi adotada e criada por uma família católica polonesa.
Anos mais tarde, ela descobriu que a mãe biológica sobreviveu. Elas se reuniram brevemente antes da morte de Anna, no início dos anos 1960.
Em 2016, o Papa Francisco visitou Auschwitz. Já Lidia, que mora em Cracóvia, na Polônia, é tema de um documentário. Atualmente, costuma promover encontros com jovens nas escolas para discutir os perigos do extremismo e do populismo.