Papa diz que a guerra da Ucrânia “talvez foi provocada ou não evitada”
Francisco criticou a invasão russa e destacou que “seria simplista e errado” afirmar que é a favor do presidente Putin
atualizado
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O papa Francisco teceu duras críticas aos ataques russos na guerra da Ucrânia e afirmou, em entrevista ao jornal La Civiltà Cattolica divulgada nesta terça-feira (14/6), que a ofensiva pode ter sido provocada – ou não evitada – pelas ações do ocidente.
O pontífice classificou a invasão russa como brutal e feroz e declarou, também, que “não vemos todo o drama por trás desta guerra. Vejo interesse em testar e vender armas. É muito triste, mas basicamente é isso que está em jogo.”
Durante a entrevista, o papa afirmou que não está a favor do presidente da Rússia, Vladimir Putin, mas que não pode reduzir guerra entre bem e mal, sem levar em consideração as raízes do problema, que, segundo ele, podem apresentar questões mais complexas.
“Mas o perigo é que só vemos isso, que é monstruoso, e não vemos todo o drama que está se desenrolando por trás dessa guerra, que talvez tenha sido provocada ou não evitada”, salientou Francisco.
O pontífice afirmou ainda que tem interesse em se encontrar com o líder da Igreja Ortodoxa Russa, o patriarca Kirill, durante um evento no Cazaquistão em setembro.
O papa declarou, também, que é necessário olhar para as guerras que estão acontecendo pelo mundo, como no norte da Nigéria e Congo. Além disso, Francisco afirmou que “alguns anos atrás, ocorreu-me dizer que estamos vivendo a Terceira Guerra Mundial em pedaços. Aqui, para mim, hoje, a Terceira Guerra Mundial foi declarada, e este é um aspecto que deve nos fazer refletir”.
Desde o início dos conflitos, o pontífice se posiciona a favor da paz e tenta se colocar como mediador dos embates.
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