Papa condena bombardeios russos: “Diabólica insensatez da violência”
Desde o início do ataque russo à Ucrânia, o líder católico tem feito gestos condenatórios à ação militar
atualizado
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O papa Francisco condenou o ataque russo contra a Ucrânia e pediu paz. O líder religioso tem condenado nos últimos dias o conflito no Leste Europeu. Neste sábado (26/2), Francisco usou as redes sociais para divulgar uma mensagem em tom de apelo pelo equilíbrio.
“Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum. Que a Rainha da Paz preserve o mundo da loucura da guerra”, publicou.
Veja o post:
#RezemosJuntos #Ucrânia pic.twitter.com/pOIjLzLKx5
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) February 26, 2022
O papa tem quebrado o padrão da Igreja Católica e dado declarações que interferem no mundo político. Desde o início do ataque russo à Ucrânia, o líder religioso tem feito gestos que condenam a ação militar.
Fora da agenda oficial, o pontífice foi à Embaixada da Rússia junto à Santa Sé, em Roma, na sexta-feira (25/2). Segundo informações do Vaticano, Francisco quis manifestar a sua preocupação com a guerra na Ucrânia. O religioso foi recebido pelo embaixador Alexander Avdeev.
Nesta semana, antes da invasão russa à Ucrânia Francisco pediu paz. “Tenho uma grande tristeza em meu coração com o agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, cenários cada vez mais alarmantes estão se abrindo”, frisou.
Madrugada de horror
Os confrontos em Kiev atingiram o mais alto nível de tensão. Rússia e Ucrânia disputam o controle da capital, coração do poder.
Mísseis foram disparados até mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.
República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos e Holanda concordaram em enviar ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê essa possível adesão como uma ameaça à sua segurança.