Papa Bento XVI visitou o Brasil em 2007 e canonizou Frei Galvão
Bento XVI fez somente uma visita oficial ao Brasil e reuniu 40 mil jovens no estádio do Pacaembu, em São Paulo
atualizado
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O papa Bento XVI, morto aos 95 anos, neste sábado (31/12), visitou o Brasil por cinco dias em 2007, durante seus oito anos de pontificado. Na verdade, ele esteve somente no estado de São Paulo. Ratzinger chegou à Base Aérea de Cumbica, em Guarulhos, na tarde de 9 de maio.
Acompanhado por uma multidão de 10 mil pessoas, foi recebido no Mosteiro de São Paulo, no centro da capital paulista.
O ponto alto da vinda de Bento XVI ao país foi a canonização de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro, no dia 11 de maio daquele ano. Pelo menos para os fiéis a festa se tornou importante. Do ponto de vista apostólico, porém, a principal razão veio a ser o início da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe, em Aparecida, no interior de São Paulo.
“Por uma providencial manifestação da bondade do Criador, este país deverá servir de berço para as propostas eclesiais que, Deus queira, poderão dar um novo vigor e impulso missionário a este continente”, discursou Bento XVI na ocasião.
Houve mais compromissos. Em um deles, foi recebido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também se encontrou com 40 mil jovens no estádio do Pacaembu e participou da oração da Liturgia das Horas na Catedral da Sé.
“De todos os cantos do mundo estão rezando pelos frutos desta viagem, a primeira viagem pastoral ao Brasil e à América Latina, que a Providência me permite realizar como sucessor de Pedro. A canonização de Frei Galvão e a inauguração da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e Caribenho serão marcos históricos para a Igreja. Conto com vocês e com suas orações”, disse em um dos discursos.
Como um dos países com mais católicos no mundo, o Brasil também recebeu palavras de carinho de Bento XVI. “O Brasil ocupa um lugar muito especial no coração do papa, não somente porque nasceu cristão e possui hoje o mais alto número de católicos, mas sobretudo porque é uma nação rica de potencialidades com uma presença eclesial que é motivo de alegria e esperança para toda a Igreja”, frisou.