Papa aceita renúncia de mais 2 bispos chilenos por pedofilia
Igreja Católica chilena enfrenta 119 inquéritos
atualizado
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O Vaticano informou nesta sexta-feira (21/9) que o papa Francisco aceitou o afastamento de mais dois bispos chilenos envolvidos em escândalos de pedofilia. Tratam-se dos bispos de San Bartolomé de Chillan, monsenhor Carlos Eduardo Pellegrin Barrero, e de San Felipe, monsenhor Cristian Enrique Contreras Molina.
O Papa nomeou administradores apostólicos para o dois postos, com base no “sede vacante et ad nutum Sanctae Sedis”, até que seja tomada uma decisão à respeito dos casos. Barrera, de 60 anos, é ex-reitor do Colégio do Verbo Divino e foi investigado em 2011 pela Procuradoria-Geral do Chile devido a uma denúncia anônima, via e-mail, sobre um caso de abuso sexual contra um estudante.
O e-mail menciona “festinhas”, com bebida alcoólica, envolvendo estudantes menores de idade, e relatava que dois jovens teriam se suicidado após sofrerem abusos.
Molina, por sua vez, é um dos sete bispos citados no relatório da Procuradoria nacional do Chile sobre casos de pedofilia no país. Uma investigação contra o religioso chileno foi aberta em 28 de junho, com suspeitas de crimes “contra a ordem da família, a moralidade pública e a integridade sexual”.
O escândalo de pedofilia no Chile tem afetado a Igreja Católica e já acumula 119 inquéritos. Isso provocou uma renúncia em massa dos religiosos locais. Com os dois afastamentos desta sexta, chega a sete o número de bispos removidos por Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, no país. Os outros cinco foram afastados em junho.