Nas terras comandadas por Vladimir Putin os preços estão em disparada após uma série de sanções econômicas de países do Ocidente.
A inflação, que é o aumento geral dos preços, está em alta. O rublo, moeda oficial, desvalorizada. Isso sem abordar a crise no setor do petróleo com os embargos contra o óleo produzido no país.
Como resposta à invasão russa na Ucrânia, algumas empresas anunciaram a suspensão das atividades no território governado por Putin
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No total, mais de 300 grandes marcas com presença significativa no país anunciaram o boicote, de acordo com um inventário atualizado da Universidade de Yale. Cerca de 30 multinacionais ainda estão na Rússia
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Apple: a marca anunciou a suspensão da venda de Iphones. Aplicativos como Apple Pay e outros serviços foram limitados. Os usuários ainda conseguem acesso à loja online, porém os aparelhos e acessórios não estão disponíveis para entrega
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Nike: a empresa esportiva fechou temporariamente todas as lojas físicas espalhadas pelo país. As mercadorias também ficaram indisponíveis pelo site e aplicativo da marca
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McDonald’s: a gigante do fast food suspendeu as atividades dos 850 restaurantes na Rússia. Porém, segundo o representante da empresa, os 62 mil funcionários no país continuarão recebendo salário
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Mastercard, Visa e American Express: as operadoras de cartão de crédito também suspenderam as atividades no país. As empresas já tinham travado parte das operações, bloqueando instituições financeiras russas, mas decidiram expandir as retaliações
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Coca-Cola: quem também cortou laços temporariamente com a Rússia foi a empresa norte-americana. "Continuaremos monitorando e avaliando a situação à medida que ela evolui", informou a gigante dos refrigerantes em comunicado, sem dar detalhes de suas atividades exatas
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Starbucks: a cafeteria anunciou o fechamento temporário de seus 130 cafés, de propriedade de um conglomerado do Kuwait. O grupo comunicou que vai continuar dando suporte aos quase 2 mil parceiros que dependem da empresa para sobreviver
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Airbnb: a plataforma de hospedagem suspendeu as operações na Rússia e Bielorrússia. Isto significa que não é possível fazer novas reservas para estadias e os hóspedes em ambos os países não podem fazer reservas em nenhum lugar do mundo
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Renault: a empresa francesa de automóveis interrompeu a exportação de veículos e as outras operações realizadas em território russo temporariamente. Devido a mudança nas rotas logísticas, a fabricante interrompeu os serviços em uma das montadoras de carro
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Shell: a marca do ramo de petróleo disse que deixaria sua joint venture com a estatal Gazprom e encerraria o seu envolvimento no oleoduto Nord Stream 2, agora suspenso, construído para transportar gás natural para a Alemanha
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Meta: a empresa que administra o Facebook, Instagram e WhatsApp restringiu o acesso dos usuários russos. Segundo comunicado do conglomerado, ucranianos poderão ainda bloquear suas contas por segurança
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Mondelez: a marca de alimentos também fechou suas fábricas no país. A empresa fabrica marcas locais, como biscoitos Jubilee e chocolate Korona e é conhecida por vender Oreo, chocolates como Milka, chicletes e balas da região
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Agências internacionais de notícias informaram nesta quarta-feira (9/3) que a inflação anual na Rússia acelerou para 9,15% em fevereiro, ante 8,73% em janeiro. A maior alta em sete anos.
De acordo com dados da agência de estatísticas Rosstat, os preços do pão, gasolina, açúcar e cereais, como o trigo, tiveram alta que chega a 20%.
E não foram só os setores de combustíveis e de alimentos que foram penalizados. Os materiais de construção, como papel de parede e azulejos de banheiro, ficaram 22,5% mais caros.
“Isso indica um aumento na demanda para conclusão de projetos de reforma, em meio à alta dos custos de produtos importados devido à desvalorização do rublo”, informou a agência Reuters.
O banco central russo elevou a taxa de juros de 9,5% para 20% na semana passada. A medida emergencial foi uma tentativa de atenuar os efeitos financeiros da guerra no país.
Mais sanções
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, e a ministra de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, reagiram às críticas do Kremlin sobre uma “guerra econômica contra a Rússia”. Os líderes adiantaram que novas sanções estão sendo preparadas.
Nesta quarta-feira, em pronunciamento transmitido ao vivo de Washington, após uma reunião, Blinken reafirmou: “Nosso objetivo é pôr fim à guerra, e não expandi-la. Buscamos evitar a expansão para zona da Otan”.
O mesmo discurso foi adotado por Truss. “Nosso objetivo é fazer com que Putin fracasse na Ucrânia”, frisou a ministra. Blinken emendou: “Estamos comprometidos com o fracasso de Putin. As medidas que já aplicamos arruinaram 30 anos de progresso na Rússia”.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
Anastasia Vlasova/Getty Images
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Os dois diplomatas salientaram que o povo russo já sente, e sentirá ainda mais no futuro, os impactos das sanções, como perda de produtos e serviços no país. Desde o início dos bombardeios à Ucrânia, em 24 de fevereiro, uma série de empresas suspenderam operações em território russo.
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Horas antes das declarações, em pronunciamento no Kremlin, sede do governo, o porta-voz russo, Dmitry Peskov, disse que o país “foi, é e será” um fornecedor de energia confiável. Ele garantiu que a venda de energia continua, mas deu a entender que isso pode mudar.
“Mas você vê a ‘bacanal’, a ‘bacanal’ hostil que o Ocidente semeou – e isso, claro, torna a situação muito difícil e nos obriga a pensar seriamente”, disparou Peskov.
O porta-voz russo acrescentou: “Os Estados Unidos definitivamente declararam guerra econômica contra a Rússia e estão travando essa guerra”.
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