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Palestinos em Gaza: “Nossos bairros foram varridos da face da terra”

Milhares de palestinos tentam voltar para casa na Faixa de Gaza durante trégua entre Israel e o grupo extremista Hamas

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1 de 1 Imagem colorida mostra Palestinos tentam voltar para casa ao norte da Faixa de Gaza - Metrópoles - Foto: Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images

Mulheres e crianças, 39 no total, foram liberadas de prisão israelense nessa sexta-feira (24/11). Jornalistas da agência AFP viram ônibus saindo da prisão israelense de Ofer, na Cisjordânia ocupada, para onde os prisioneiros palestinos foram transferidos, com o objetivo de serem libertados.

Vinte e oito deles foram levados para a Cisjordânia, enquanto outros 11 foram levados para Jerusalém Oriental ocupada, disse a Prisoners’ Club, ONG que defende os prisioneiros palestinos.

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Pausa humanitária de 4 dias entra em vigor em Gaza
Palestinos tentam voltar para casa ao norte da Faixa de Gaza
A fumaça sobe depois que ataques israelenses aéreos, marítimos e terrestres atingiram áreas residenciais em Rafah, Gaza, em 23 de novembro de 2023
Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas
Mulher recolhe roupas após ter a casa destrída por bombardeio israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza
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Palestinos estão sendo impedidos de voltar para casa ao norte de Gaza

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Pausa humanitária de 4 dias entra em vigor em Gaza

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Palestinos tentam voltar para casa ao norte da Faixa de Gaza

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A fumaça sobe depois que ataques israelenses aéreos, marítimos e terrestres atingiram áreas residenciais em Rafah, Gaza, em 23 de novembro de 2023

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Palestinos vasculham os escombros de um prédio desabado em busca de sobreviventes e vítimas após o bombardeio israelense de Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza, contra o Hamas

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Mulher recolhe roupas após ter a casa destrída por bombardeio israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza

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Na cidade de Deir al Balah, criança anda entre os escombros de prédios destruídos por bombardeios de Israel

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Venda de carvão e madeira em Gaza, com a chegada do inverno, é comum

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Homem cozinha em fogueira improvisada em meio a destroços em Gaza

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O grupo incluía 15 menores e 24 mulheres, de acordo com a lista divulgada pela Comissão de Prisioneiros da Autoridade Palestina. As autoridades prisionais israelenses confirmaram a libertação de 39 palestinos de “três prisões”, duas na Cisjordânia ocupada, e uma em Israel.

“Quando voltamos, ficamos surpresos com a extensão dos danos em nosso bairro. Encontramos vários mísseis que não haviam explodido, o que representava um perigo real para nossas vidas. Você não pode imaginar o horror da destruição”, diz um dos jovens palestinos, entrevistados pela RFI no local.

Mais palestinos falam de destruição

Os testemunhos de terror continuam. “Nossos bairros foram varridos da face da terra – a destruição é imensa, mais de 90% das casas foram completamente destruídas”, conta um outro.

Segundo uma palestina, “não encontramos nossas casas para nos proteger. É inimaginável, não há para onde ir. A extensão dos danos é indescritível. Sem casa, sem eletricidade, sem água, sem pão, nada. Temos que voltar para a escola novamente”, relatou à reportagem.

“Eu queria ver minha casa e ver se podia pegar alguns brinquedos para as crianças, que ficam repetindo que não temos mais uma casa. Esperamos que a trégua seja estendida porque estamos exaustos e que Deus abençoe nossos mortos”, afirmou uma segunda mulher, do mesmo grupo.

Primeiro grupo de palestinos a ser libertado

Malak Salman, 23 anos, foi presa a caminho da escola há sete anos por tentar esfaquear um policial em Jerusalém. Ela estava na prisão desde fevereiro de 2016 e foi condenada a nove anos de prisão.

Ela voltou para sua casa no bairro de Beit Safafa, na Jerusalém Oriental ocupada, sob escolta policial.

“A polícia está em nossa casa e está impedindo que as pessoas venham nos ver”, disse sua mãe, Fatna Salman, à AFP. No início do dia, a polícia israelense anunciou que estava proibindo todas as comemorações dos prisioneiros libertados em Jerusalém.

“Minha filha está fraca, não come desde ontem”, disse ela.

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