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Conselho de Segurança vetou 17 resoluções sobre a Palestina desde 2000

Levantamento mostra que questão da Palestina tem histórico de impasses entre membros do Conselho de Segurança da ONU

atualizado

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Imagem colorida mostra representantes de países do Conselho de Segurança da ONU durante uma sessão em Nova York - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra representantes de países do Conselho de Segurança da ONU durante uma sessão em Nova York - Metrópoles - Foto: LightRocket via Getty Images

Nas últimas semanas, o Conselho de Segurança da ONU falhou na aprovação de resoluções sobre a guerra entre Israel e Hamas, e expôs um histórico de desentendimento dos membros permanentes do órgão quando as discussões envolvem a Palestina.

Um levantamento realizado pelo Metrópoles mostra que a questão Israel x Palestina é um dos assuntos com mais vetos em resoluções apresentadas ao órgão da Organização das Nações Unidas, responsável pelo manutenção da paz e segurança internacional.

Ao todo, 16 resoluções apresentadas desde o ano 2000 foram vetadas no colegiado, composto por cinco membros permanentes (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e outros dez rotativos. Para que uma proposta seja adotada, pelo menos nove dos quinze países que compõem o Conselho precisam ser favoráveis. Contudo, um voto contrário de um membro permanente basta para derrubar o texto.

As principais demandas nas resoluções apresentadas nos últimos 23 anos giraram em torno da violência no contexto da ocupação israelense na Palestina. Negociações de paz, proteção de civis, o fim de operações militares de Israel em regiões palestinas e a garantia de assistência humanitária à população local foram os principais pontos presentes nos textos.

Os Estados Unidos, um dos maiores aliados de Israel, foi o membro do Conselho de Segurança da ONU que mais barrou resoluções envolvendo o tema, com 15 dos 16 vetos desde 2000.

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Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023
Uma equipe do serviço de emergência palestino resgata uma vítima em um prédio destruído durante ataques aéreos israelenses no sul da Faixa de Gaza em 19 de outubro de 2023 em Khan Yunis
Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023
Pessoas segurando bandeiras palestinas se reúnem em frente à Embaixada de Israel para protestar contra o bombardeio do Hospital Batista Al-Ahli de Gaza, em Amã, Jordânia, em 18 de outubro de 2023
Ondas de fumaça sobem sobre a Faixa de Gaza durante o bombardeio israelense enquanto os combates entre as tropas israelenses e os militantes do Hamas continuam
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Moradora caminha perto dos escombros de edifícios residenciais após os ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza

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Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Uma equipe do serviço de emergência palestino resgata uma vítima em um prédio destruído durante ataques aéreos israelenses no sul da Faixa de Gaza em 19 de outubro de 2023 em Khan Yunis

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Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Pessoas segurando bandeiras palestinas se reúnem em frente à Embaixada de Israel para protestar contra o bombardeio do Hospital Batista Al-Ahli de Gaza, em Amã, Jordânia, em 18 de outubro de 2023

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Ondas de fumaça sobem sobre a Faixa de Gaza durante o bombardeio israelense enquanto os combates entre as tropas israelenses e os militantes do Hamas continuam

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Uma menina caminha entre os escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Pessoas comparecem à cerimônia fúnebre dos palestinos que foram mortos em ataques aéreos israelenses em Khan Yunis, Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Israel x Hamas

Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, que já deixou mais de 8 mil mortos entre israelenses e palestinos, o Conselho de Segurança da ONU fracassou em quatro tentativas de encontrar um consenso sobre resoluções.

A Rússia foi o primeiro país a apresentar uma proposta, no último dia 16 de outubro, mas recebeu votos contrários do Reino Unido e Estados Unidos, que possuem o poder de barrar resoluções. A principal crítica foi a não nomeação e condenação dos atos do Hamas em território israelense.

O Brasil, que atualmente preside o colegiado, tentou aprovar uma resolução dois dias depois, em 18 de outubro. Contudo, apesar de o texto ter recebido doze votos favoráveis, os EUA vetaram a proposta alegando a falta de menção ao direito de autodefesa de Israel.

Já nessa quarta-feira (25/10), duas novas resoluções foram para votação e também esbarraram em impasses diplomáticos.

O texto dos EUA pediu uma “pausa humanitária” na Faixa de Gaza, além de expressar apoio ao direito de autodefesa israelense. Doze membros do órgão foram favoráveis à proposta estadunidense, contudo, Rússia e China votaram contra e derrubaram a resolução.

Em seguida, um novo texto foi apresentado pela Rússia. Dessa vez, a proposta recebeu apoio de apenas quatro membros do órgão da ONU, enquanto nove países se abstiveram na votação. Reino Unido e EUA, novamente, foram contrários.

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