Países europeus suspendem repasses a órgão da ONU que ajuda palestinos
Seis países europeus juntaram-se ao EUA e Canadá e suspenderam os repasses à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA)
atualizado
Compartilhar notícia
Seis países europeus decidiram barrar o apoio financeiro à Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados Palestinos (Unrwa). Neste sábado (27/1), Grã-Bretanha, Alemanha, Itália, Holanda, Suíça e Finlândia juntaram-se aos Estados Unidos, Austrália e Canadá no grupo que deixou de financiar o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU).
De acordo com a Reuters, a decisão ocorre após alegações de que alguns funcionários da Unrwa estiveram envolvidos nos ataques do Hamas em 7 de outubro contra Israel.
Na sexta-feira (26/1), a agência informou que abriu uma investigação contra vários funcionários. Em nota, o secretário-geral, António Guterres, afirma que teve conhecimento dessas notícias “extremamente graves” através do comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, e “está horrorizado”.
Guterres pediu a Lazzarini que investigasse rapidamente o assunto e garantisse que qualquer funcionário da agência “que tenha participado ou sido cúmplice dos atos, ou em qualquer outra atividade criminosa, seja despedido imediatamente e encaminhado para um possível processo criminal”.
Em nota separada, a Unrwa confirma a abertura de uma investigação sobre vários trabalhadores suspeitos de envolvimento nos ataques, com quem revela ter terminado a relação contratual.
Philippe Lazzarini disse que foram as autoridades israelenses que forneceram as informações sobre a suposta participação de vários funcionários no que classifica como “ataques horríveis”.
Cerco à Faixa de Gaza
Desde o início da operação israelense contra o Hamas, o cerco na Faixa de Gaza fez com que milhares de palestinos se deslocassem do Norte, onde acontecem a maior parte dos confrontos, para o Sul.
Os últimos números apontam que mais de 11 mil pessoas já morreram durante o conflito. Deste número, mais de 10 mil são palestinos, segundo dados divulgados por autoridades da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas. Já as vítimas israelenses giram em torno de 1,4 mil.