Países europeus fecham tráfego aéreo às empresas de aviação da Rússia
Voos de companhias russas estão suspensos em, ao menos, sete países da Europa. Governo da Rússia também adotou a mesma medida
atualizado
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Com Kiev, capital ucraniana, sob forte bombardeio, países da Europa decidiram fechar o tráfego de seus espaços aéreos às companhias de aviação da Rússia, que, por sua vez, tomou a mesma medida.
Os voos das empresas aéreas da Rússia estão bloqueados em, ao menos, sete nações.
Neste sábado (26/6), o conflito ganhou proporções que ainda não tinham sido registradas desde o início dos combates. Civis passaram a fazer parte da rota de ataque russo.
A Bulgária, a Polônia, a República Tcheca e Romênia fecharam o espaço aéreo para companhias russas em represália ao ataque à Ucrânia.
O governo russo também baniu todas as companhias aéreas britânicas de seu espaço aéreo em retaliação à proibição de Londres de voos para o Reino Unido pela empresa russa Aeroflot.
A Rússia fechou seu espaço aéreo para aviões romenos “devido a decisões hostis das autoridades de aviação romenas”, informou a agência federal russa de aviação neste sábado.
Mais cedo, a Romênia disse que baniria as companhias aéreas russas de seu espaço aéreo, juntando-se a outros países europeus que tomaram a mesma decisão.
A Estônia, a Letônia e a Lituânia decidiram fechar seu espaço aéreo para os aviões russos, mas o anúncio oficial ainda não foi feito.
A Ucrânia fechou seu espaço aéreo para voos civis na quinta-feira (24/2), quando o bombardeio russo começou.
Putin aumenta o cerco
O presidente russo, Vladimir Putin, determinou que as tropas militares façam “ofensivas em todas as direções”. Além disso, o governo aumentou em 50% a presença de soldados ao redor da Ucrânia.
A Ucrânia vive o terceiro dia de bombardeios e assiste à presença de militares russos aumentar em seu território. Ao todo, 100 mil soldados estão no país.
Um bombardeio russo matou 19 civis e feriu 73 pessoas neste sábado, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, informou a agência de notícias Interfax.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, informou que “grupos sabotadores” estão ativos em Kiev. Ele anunciou que o sistema de metrô está servindo apenas como abrigo para os cidadãos e pontuou que os trens pararam de funcionar.
Os conflitos
Em três dias, ao menos 198 pessoas morreram nos confrontos, segundo o governo ucraniano. Outras 1.115 ficaram feridas. Russos sitiaram a cidade e tentam tomar o poder.
A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar liderada pelos Estados Unidos. Na prática, Moscou vê o possível ingresso como uma ameaça à sua segurança.
República Tcheca, Polônia, França, Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Bélgica anunciaram o envio de ajuda estrutural de armas e dinheiro, apesar de não ordenarem apoio militar para os confrontos.
Madrugada de horror
Os confrontos em Kiev atingiram o mais alto nível de tensão na madrugada deste sábado. Rússia e Ucrânia disputam o controle da capital.
Mísseis foram disparados até mesmo em áreas urbanas, o que antes estava restrito a bases militares ucranianas. As sirenes de alerta voltaram a tocar.
Nas áreas atingidas estão hospitais, orfanatos e prédios residenciais, além de escolas e creches.