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Pai é obrigado a contar para filha que mãe tirou a própria vida

“Foi a coisa mais difícil que já tive que fazer na minha vida”, afirmou o homem

atualizado

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1 de 1 macy-5 - Foto: Reprodução

Contar a uma criança sobre a morte de seus pais é algo doloroso. E o caso que Joel Jenny, de 32 anos, teve de lidar apresenta contornos ainda mais dramáticos. O homem, morador da cidade australiana de Brisbane, foi obrigado a contar para a filha, de apenas 3 anos, que a mãe havia cometido suicídio.

Jenny estava cuidando da pequena Macy quando recebeu a notícia. Ele disse ao Daily Mail que, mais difícil que lidar com a morte de Beajay Phillips, de 25 anos, foi contar à menina o que havia acontecido.

7 imagens
Joel Jenny, Beajay e Macy
A menina tem 3 anos
Beajay tentou suicídio no dia 29 de setembro
Após ter morte cerebral decretada, os aparelhos foram desligados no dia 7 de outubro
Ela tinha 25 anos
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Beajay e Macy

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A menina tem 3 anos

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Beajay tentou suicídio no dia 29 de setembro

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Após ter morte cerebral decretada, os aparelhos foram desligados no dia 7 de outubro

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Ela tinha 25 anos

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Joel explicou a dificuldade de contar a filha sobre a morte da mãe

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Os dois viveram juntos por sete anos e, mesmo separados, eram amigos e se falavam todos os dias. Tanto que haviam conversado horas antes de ele saber da tentativa de suicídio, no dia 29 de setembro. Joel afirma não ter ideia dos problemas que ela pudesse ter passado.

“Eu estava no telefone com Beajay até provavelmente às 11 ou 11h30 daquela noite. Ela parecia bem e estava me ajudando a colocar Macy para dormir”, disse. Na madrugada, ele acordou para ver como estava a filha e foi quando recebeu a notícia.

“Foi assustador. Não é algo que você possa se prepara para ouvir. Eu estava falando com ela duas horas antes e tudo estava perfeitamente bem. Eu estava em choque”, afirmou. Quando Macy começou a perguntar onde estava a mãe, ele viu que não poderia mentir para a menina.

“Eu meio que mudava de assunto até ter mais informações. No final, simplesmente não conseguia viver com a culpa de não contar a ela o que estava acontecendo. Levei-a para uma área tranquila e contei a ela. Minha mãe me ajudou com isso, e apenas expliquei o melhor que pude. Foi a coisa mais difícil que já tive que fazer na minha vida, foi de partir o coração. Com 3 anos, ela não compreende completamente”, afirmou.

Beajay teve morte cerebral e os aparelhos foram desligados no último dia 7. Os órgãos dela foram doados. Isso, na opinião de Joel, trouxe conforto, já que todos sabem que ela pode ajudar a salvar outras vidas. Macy ainda tenta entender tudo o que se passou.

“Toda a vida dela mudou em questão de três semanas. Ela deixou de ver o pai todo segundo fim de semana para ficar comigo em tempo integral. Houve algumas noites em que ela acordou gritando pela mãe”, finalizou Jenny.

Prevenção em pauta

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o assunto não venha a público com frequência, para que o ato não seja estimulado. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o motivo que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

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