1 de 1 Imagem colorida de Jens Stoltenberg, chefe da Otan, durante um discurso - Metrópoles
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O apoio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) à Ucrânia fez com que os arsenais dos países membros se esgotassem, revelou o chefe da aliança militar, Jens Stoltenberg, nessa quinta-feira (7/9).
“No início [da guerra], esgotamos as nossas existências para dar apoio à Ucrânia, mas as nossas reservas não são suficientes”, disse Stoltenberg ao parlamento da União Europeia.
O secretário-geral da aliança militar disse que há alguns meses a Otan percebeu que o conflito na Ucrânia seria uma “guerra de desgaste”, e afirmou que nesse cenário o aumento na produção de armas é algo de extrema importância.
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Otan é a sigla para Organização do Tratado do Atlântico Norte, uma aliança militar intergovernamental criada em 4 de abril de 1949, após o final da Segunda Guerra Mundial
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Os países signatários do tratado, na época, eram a Bélgica, França, Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido
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Quando criada, reunia países ocidentais e capitalistas, liderados no contexto da bipolaridade formada entre os Estados Unidos (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), no período da Guerra Fria
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A Otan tinha por objetivos impedir o avanço do bloco socialista no continente europeu, fazendo frente à URSS e a seus aliados da Europa Oriental, além de fornecer ajuda mútua a todos os países membros
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A aliança era baseada em três pilares: a defesa coletiva dos Estados membros, impedir o revigoramento do militarismo nacionalista na Europa, e encorajar a integração política europeia
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O período de bipolaridade entre EUA e URSS dividiu o mundo. Os dois países e seus respectivos aliados mantinham-se em alerta para eventuais ataques bélicos
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A Otan investiu em tecnologia de defesa, na produção de armas estratégicas e também espalhou pelas fronteiras soviéticas sistemas de defesa antimísseis
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Na fase final da Guerra Fria, a organização passou a assumir novos papéis. Em 1990, sob ordem do Conselho de Segurança da ONU, a Otan interveio no conflito da ex-Iugoslávia. Foi a primeira vez que agiu em território de um Estado não membro
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Em 2001, a Otan anunciou a aplicação do princípio da segurança coletiva: um ataque feito a um país membro seria um ataque contra todos os demais
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Como os ataques terroristas ocorridos em setembro de 2001 foram considerados atos de guerra pelo governo norte-americano, a cláusula foi acionada. Por esse motivo, a organização participou da invasão ao Afeganistão
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Além de ver o terrorismo como nova ameaça, a Otan colaborou com operações de paz e realizou ajuda humanitária, como aos sobreviventes do furacão Katrina, em 2005
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Soldados da Otan também realizaram operações militares em zonas conflituosas do mundo, como o Bálcãs, o Oriente Médio e o norte da África
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Atualmente, a aliança é composta por 32 países, localizados principalmente na Europa
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Bósnia e Herzegovina, Geórgia e Ucrânia são os três países classificados como “membros aspirantes” à organização. Porém, para a Rússia, a perspectiva da antiga república soviética Ucrânia se juntar à Otan é impensável
“É por essa razão que se vê, atualmente, uma evolução positiva dos novos investimentos e mais produção em todas as linhas de produção nos países da União Europeia e nos países aliados da Otan“, afirmou.
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, países membros da Otan e da União Europeia se destacaram no envio de ajuda para a Ucrânia. Segundo dados do Instituto Kiel, os Estados Unidos lideram o suporte militar aos ucranianos, tendo enviado US$ 46,5 bilhões (R$ 229 bilhões na cotação atual) em armas.
Os esforços da Otan para auxiliar Ucrânia já foram motivos de preocupação do bloco anteriormente. Mesmo afirmando que a organização estaria pronta para um conflito direto com a Rússia, o presidente do comitê militar da aliança disse, em janeiro deste ano, que a prioridade no momento era o rearmamento dos país membros.