Opositores de Maduro, González e Corina fazem passeata em Caracas
Ato reuniu milhares de pessoas na capital da Venezuela. Elas reivindicam a vitória da oposição. “Não temos medo”, gritaram os manifestantes
atualizado
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Os opositores de Nicolás Maduro, Edmundo González e María Corina Machado participaram nesta terça-feira (30/7) de manifestação em Caracas, na Venezuela, para rejeitar o resultado das eleições anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Esse foi o primeiro grande ato com a participação dos dois, desde que a suposta vitória de Maduro foi proclamada e após os inúmeros protestos que se espalharam pelo país. Milhares de pessoas compareceram à manifestação, vestidas de branco e entoando palavras de ordem contra o chavismo.
“Os militares viram com os próprios olhos o triunfo de um país contra a tirania”, disse Corina, durante discurso, referindo-se à vitoria da oposição.
A Plataforma Democrática Unitária (PUD), aliança de partidos e líderes da oposição na Venezuela, reivindica a vitória nas eleições desse domingo (28/7) e diz ter provas de que Maduro perdeu. Durante o protesto desta terça, inclusive, pessoas levaram as atas impressas de algumas das seções eleitorais.
“Temos as provas”
O CNE informou no domingo que Maduro teria vencido as eleições com 51,2% dos votos, mas a oposição diz ter ocorrido o contrário. Os partidos alegam, na verdade, um verdadeiro triunfo de Edmundo González, com milhões de votos a mais que o presidente venezuelano.
“Temos cada uma das atas e isso é uma prova irrefutável de que ganhamos. Edmundo é o novo presidente eleito”, reforçou María Corina em publicação nas redes sociais.
Retamos al CNE a que entregue las actas!!
¿Cuál es el miedo? Nosotros lo hicimos con la gente. pic.twitter.com/8Bu59dWMPZ
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) July 30, 2024
A proclamação da vitória de Maduro provocou uma série de protestos pelo país. Até essa terça-feira, pelo menos 749 pessoas foram presas e outras quatro morreram, conforme dados da Procuradoria-Geral do país e de ONGs que acompanham de perto as consequências da repressão militar.