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Opositora Corina Yoris não consegue registro nas eleições da Venezuela

Candidata que faz oposição a Maduro, Corina Yoris afirmou que enfrentou restrições para se registrar em plataforma. Prazo terminou ontem

atualizado

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Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images
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1 de 1 imagem colorida corina yoris candidata oposicao venezuela - Foto: Pedro Rances Mattey/Anadolu via Getty Images

A candidata de oposição a Nicolás Maduro, na Venezuela, Corina Yoris afirmou que não conseguiu registrar a candidatura no site do Conselho Nacional Eleitoral, órgão responsável pelas eleições no país. O prazo terminou às 23h59 dessa segunda-feira (25/3).

Principal frente de oposição a Maduro, que busca o terceiro mandato, ela afirmou que a frente de oposição havia feito todas as tentativas, mas que o sistema estava totalmente fechado.

“Tentamos ir pessoalmente ao Conselho Nacional Eleitoral para entregar uma carta solicitando uma prorrogação e nem mesmo fisicamente pudemos fazê-lo”, informou.

As eleições serão disputadas em 28 de julho.

Motivação política contra Corina Yoris

Um dos chefes da coalizão da oposição, Omar Barboza afirmou que o grupo enfrentou restrições no sistema on-line do Conselho Nacional Eleitoral, não conseguindo registrar a candidatura da opositora.

Analistas apontam que o bloqueio tem motivação política. O cientista político Jorge Morán afirmou à agência de notícias AFP que o chavismo busca repetir o cenário de 2018, quando a oposição boicotou as eleições presidenciais vencidas por Maduro.

Quem é Corina Yoris

Filósofa e professora universitária, Yoris tem 80 anos e nunca trabalhou na administração pública. O nome dela aparece limpo na base de dados do Conselho Nacional Eleitoral.

Ela foi indicada para a candidatura da oposição pelo Vente Venezuela, o partido de uma venezuelana de nome parecido, Maria Corina Machado, que venceu prévias entre todos os partidos de oposição do país, mas teve os direitos políticos bloqueados.

Desde a última quinta-feira (21/3), já se inscreveram nove candidatos que se apresentam como opositores, mas alguns deles são acusados de colaborar com o governo chavista.

Um grupo de sete países latino-americanos (Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai) publicou um comunicado em conjunto no qual afirmam estar preocupados “com o impedimento da inscrição” da opositora.

Analistas descartam a sua candidatura e falam em buscar um outro candidato, com menos ligações com María Corina Machado. O consenso, no entanto, é de que qualquer nome inscrito pela oposição deve ser apoiado pela opositora.

Sem problemas

Atual presidente da Venezuela e candidato a reeleição, Nicolás Maduro, não teve os mesmos problemas e formalizou nesta segunda-feira (25/3) sua candidatura à reeleição. Caso seja eleito, ele pode chegar a 18 anos no poder.

Ele chegou ao Conselho Nacional Eleitoral acompanhado de milhares de militantes convocados pelo partido governista, o PSUV.

O presidente venezuelano afirmou que dois homens armados, que ele vinculou ao partido de Maria Corina Machado, foram detidos após se infiltrarem no comício do chavismo com o plano de assassiná-lo.

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