Opositor de Maduro encontra Biden antes de “retorno” à Venezuela

O opositor de Nicolás Maduro, Edmundo González, foi recebido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quatro dias antes da posse presidencial na Venezuela. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (6/1), na Casa Branca.

González tem dito que voltará à Venezuela para tomar posse no lugar de Maduro.

Ele revelou ter tido uma “longa reunião” com o presidente norte-americano, que encerra seu mandato no fim deste mês. A conversa, segundo o ex-diplomata venezuelano que disputou as eleições presidenciais venezuelanas contra Maduro, durou 45 minutos.

“Tive uma longa reunião com o presidente Biden. O seu compromisso com uma transição pacífica e ordenada na Venezuela está intacto”, escreveu o opositor de Maduro no X. “Durante 45 minutos pudemos aprofundar o quão positiva será para a região a expansão da democracia a partir da Venezuela. Obrigado, presidente Biden!”.

No encontro, o presidente norte-americano reafirmou o apoio de seu governo à González, reconhecido pelo governo dos EUA como o verdadeiro vencedor das últimas eleições na Venezuela.

” O presidente Biden enfatizou que o mundo foi inspirado pelos milhões de venezuelanos que corajosamente votaram pela mudança democrática na eleição presidencial profundamente falha de 28 de julho na Venezuela, conforme demonstrado pela coleta de folhas de contagem de votos que indicaram que Gonzalez Urrutia recebeu a maioria dos votos por uma margem intransponível. Ambos os líderes concordaram que não há nada mais essencial para o sucesso da democracia do que respeitar a vontade do povo, expressa por meio de um processo eleitoral transparente e responsável, e que a vitória da campanha de Gonzalez Urrutia deve ser honrada por meio de uma transferência pacífica de volta ao governo democrático”, disse a Casa Branca em um comunicado.

A visita de González aos EUA faz parte de um giro do ex-diplomata pela América Latina, Central e Caribe. Desde o último sábado, o opositor do herdeiro político de Hugo Chávez visitou a Argentina, Uruguai, Panamá e República Dominicana. O Brasil, no entanto, ficou de fora da lista.

Durante o encontro com líderes internacionais, González falou como o novo presidente venezuelano, apesar de Maduro ter sido proclamado presidente do país por autoridades chavistas.

Apesar de ter buscado asilo na Espanha em setembro de 2024, o opositor afirma que vai voltar para a Venezuela na próxima sexta-feira (10/1) para assumir a presidência do país. A coligação de oposição diz ter dados suficientes que comprovam a vitória de González contra Maduro.