Oposição diz que González venceu eleição e questiona resultado oficial
Líder da oposição na Venezuela, Corina reforçou denúncia de irregularidades na apuração dos votos e disse que Edmundo González é que venceu
atualizado
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O grupo de oposição da Venezuela questionou o resultado oficial da eleição presidencial anunciado na madrugada de segunda-feira (29/7), de que Nicolás Maduro foi reeleito.
A líder da oposição María Corina anunciou que uma apuração paralela indica a vitória de Edmundo Gonzáles, candidato da coalizão Plataforma Unitária Democrática (PUD), que era líder nas pesquisas.
“Peço a toda comunidade venezuelana que vá em família acompanhar todos os centros de votação. Neste momento, seguimos registrando a vitória de Edmundo González em toda a Venezuela. Nos próximos dias vamos continuar a anunciar a verdade. Até o final, que prevaleça a verdade e o respeito à soberania popular”, declarou Corina ao lado do candidato (foto em destaque).
Integrantes da oposição convocaram os eleitores para fiscalizar de perto a contagem de votos em cada centro de votação, exigindo a ata com os números de cada local, que é um documento com os resultados parciais.
No entanto, durante a votação a oposição denunciou que parte dos centros de votação não estavam aceitando repassar esse documento, usado na contagem paralela. “Por que não queriam transmitir e nem queriam imprimir as atas?”, questionou Corina. Ela disse que essa situação aconteceu em centenas de mesas de votação.
Resultado questionado
Ainda de acordo com a líder de oposição, as atas de mais de 40% dos centros de votação já foram coletadas pela PUD, indicando a certa vitória de González em todos os estados. A legislação proíbe que ela divulgue esses resultados parciais.
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, disse que já há um resultado parcial de 80% das mesas de votação, mas com vitória irreversível para Maduro. Os votos anunciados foram de 51,2% para Maduro e 44,2% para Gonzáles. Houve o comparecimento de 59% do eleitorado.
Corina seria a candidata do grupo de oposição, mas foi impedida pela Controladoria Geral do governo de Maduro. Uma segunda opção de candidata também não conseguiu ser inserida no sistema eleitoral venezuelano.