ONU: população de Mariupol precisa de “rota para fugir do apocalipse”
António Guterres, secretário-geral da organização, falou após se reunir com presidente ucraniano em Kiev
atualizado
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Em viagem ao leste europeu, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, encontrou o presidente ucraniano Volodymir Zelensky nesta quinta-feira (28/4), em Kiev. Depois da reunião, ele falou sobre a negociação para retirar civis da cidade sitiada de Mariupol.
Guterres reiterou que a população precisa de uma “rota para fugir do apocalipse”. Os sobreviventes se concentram na fábrica de Azovstal, último reduto dos combatentes ucranianos na cidade.
“Milhares de civis precisam de assistência. Muitos são idosos, precisam de cuidados médicos ou têm mobilidade limitada. Eles precisam de uma rota para fugir do apocalipse”, informou a repórteres depois do encontro com Zelensky.
Ele descreveu que existem “intensas discussões” para que a ONU e a Cruz Vermelha coordenem um corredor humanitário que possibilitaria a retirada segura dos ucranianos sitiados. Em uma ocasião anterior, o secretário-geral havia mencionado na sexta-feira (29/4) como um prazo para ter respostas.
“Estamos fazendo tudo que é possível para que aconteça. Não farei nenhum comentário que possa minar essa possibilidade”, finalizou.
Junto ao líder da ONU, o mandatário ucraniano reafirmou os esforços e disse acreditar que as forças conjuntas terão um “resultado bem sucedido”.
Ataque durante visita
Pouco depois da visita de Guterres à capital Kiev, a cidade foi atingida por dois mísseis de cruzeiro russos. A ação foi condenada com veemência e encarada por autoridades ucranianas como um “ataque à segurança do secretário-geral e à segurança mundial”.
“No dia anterior, ele estava sentado em uma longa mesa no Kremlin, e hoje as explosões estão acima de sua cabeça. Cartão postal de Moscou?”, provocou Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky.
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