ONU faz vistoria em Chernobyl e alerta: “Situação muito perigosa”
A usina foi ocupada por tropas russas por várias semanas. Missão especial para entregar equipamentos e realizar avaliações radiológicas
atualizado
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Em vistoria na usina nuclear de Chernobyl, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, classificou a situação do local como “absolutamente anormal e muito, muito perigosa”.
A usina foi ocupada por tropas russas por várias semanas. A agência atômica da Organização das Nações Unidas (ONU) realiza uma missão especial para entregar equipamentos, realizar avaliações radiológicas e restaurar sistemas de monitoramento de salvaguardas.
“Sobre o nível de radioatividade, eu diria que é anormal. Houve momentos em que os níveis subiram devido à movimentação de equipamento pesado das forças russas e quando saíram. Temos feito monitoramento diário”, declarou Grossi.
Segundo a ONU, essa é a primeira missão de assistência completa de especialistas em segurança, proteção e proteção à Ucrânia. O grupo saiu de Viena, capital da Áustria, e chegou à central nuclear de Chernobyl nesta terça-feira (26/4).
Director General @RafaelMGrossi leads 1st full-fledged assistance mission of safety, security & safeguards experts to #Ukraine. Leaving Vienna, they will arrive at Chornobyl NPP on Tue to deliver equipment, conduct radiological assessments & restore safeguards monitoring systems. pic.twitter.com/8nGbFKZ3dZ
— IAEA – International Atomic Energy Agency (@iaeaorg) April 25, 2022
Em março, o governo ucraniano pediu missão para “assistência técnica urgente a fim de garantir a segurança das instalações nucleares do país e ajudar a evitar um acidente que possa colocar em risco as pessoas e o meio ambiente”.
O Exército do presidente Vladimir Putin teria, segundo a Ucrânia, circulado na região com veículos de artilharia pesados, o que levantaria “poeira radioativa”.
O chefe da usina, ao longo da ocupação, declarou que ocorreram “vários problemas” nas instalações nucleares e alertou sobre os riscos dos incêndios na zona de exclusão.
Em 1986, ao menos 31 pessoas morreram imediatamente por causa de uma explosão no local. Outras dezenas foram vítimas anos após receber a radiação.
Tropas russas tomaram o controle de Chernobyl dias depois do início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. Eles permaneceram no local por mais de um mês.